AM Confira perfil e fator de risco de pacientes em casos graves e óbitos por coronavírus

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Novos dados divulgados pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) mostra os detalhes dos casos de Covid-19 no Amazonas.

Os dados são do Boletim Situação Epidemiológica de COVID-19 divulgado nesta quinta-feira (16). Em relação a todo o Amazonas, até ontem (16), foram confirmados 1.719 casos da COVID-19 provenientes de 22 municípios do estado. Destes 1.459 casos (84,9%) são de Manaus e 260 do interior.

Entre os municípios do interior do estado, Manacapuru apresenta a maior frequência de casos, com 149 (8,7%), seguido dos municípios de Iranduba com 18 (1,0%) e Itacoatiara, com 15 (0,9%) casos. Veja o restante das cidades no mapa acima.

Casos graves

Dos 1.719 casos confirmados da COVID-19 no Amazonas, 340 casos (19,8%) desenvolveram forma grave da doença, necessitando de internação hospitalar, sendo considerados, portanto, uma Síndrome Gripal Aguda Grave (SRAG).

Até esta última quinta-feira encontram-se internados 154 pacientes. Destes, 54,4% (84/154) estão em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Dos 340 casos graves, 92,9% (316) são provenientes da capital Manaus. No interior, Manacapuru é o município com maior número de notificação, com 1,5% (7) dos casos graves.

Considerando o perfil desses pacientes, observa-se predomínio no sexo masculino com 64,4% (219) dos casos. Em relação à faixa etária, destaca-se adultos com idade entre 40 a 59 anos, com 43,2% (147) internados, seguido de pessoas com idade acima de 60 anos, com 37,4% (127) das internações, faixa etária com maior incidência de casos (50,7 casos/100 mil hab.).

Perfil óbitos

Até ontem foram registrados 124 óbitos por coronavírus no estado, apresentando letalidade de 7,2%. Do total de óbitos, 107 (86,3%) deles foram de residentes da capital, 6 (4,8%) do município de Manacapuru, 3 (2,4%) em Iranduba, 3 (2,4%) em Parintins e houve 1 (0,8%) óbito de cada um dos seguintes municípios: Carauari, Careiro, Manicoré, Novo Airão e Tefé.

Em relação ao perfil dos óbitos, o sexo masculino foi mais frequente, com 67,7% (84) dos óbitos. A faixa etária mais acometida foram pessoas com idade acima de 60 anos, que representam 63,7% (79) dos óbitos, seguido do grupo de pessoas com idade entre 40 e 59 anos, com 32,3% (40) dos óbitos.

Sintomas e fator de risco

Os sinais e sintomas mais frequentes entre os casos graves de COVID-19 foram: febre (90,0%), tosse (89,4%), desconforto respiratório (83,8%) e dispneia (82,1%).

Dos 340 casos graves, 67,1% (228) possuíam pelo menos um fator de risco, com destaque para 55,3% em idosos (≥60 anos), 29,8% com diabetes mellitus e 25,4% em portadores de doença cardiovascular.

Dentre os 124 pacientes que evoluíram para óbito, 91,1% (113) dos pacientes apresentavam fatores de risco para agravamento, destacando-se 69,0% em idosos, 38,1% com doença cardiovascular, 33,6% com diabetes mellitus, 22,1% com hipertensão e 8,8% com doença renal crônica.

Reportagem: Fabrinne Guimarães