O governador Amazonino Mendes reuniu o secretariado nesta quarta-feira, 8 de novembro, para cobrar agilidade no diagnóstico da situação da máquina pública e reforçar a necessidade de redução de custos e a urgência na reorganização administrativa. Após a reunião, na sede do Governo, bairro Compensa II, zona oeste, Amazonino concedeu entrevista coletiva em que destacou que tem exigido da equipe de Governo disciplina e determinação para arrumar a casa.
“Essa reunião foi para conscientizar os secretários que esse não é um Governo qualquer. É um Governo que tem um compromisso de reconstrução, de reorganizar o estado. Então, o secretário não pense que pegou a secretaria como prêmio. A secretaria é um encargo, uma obrigação. Vamos adotar uma série de normas para acabar com esse isolamento. Vamos reduzir autonomias do secretariado, disciplinar os ordenamentos de despesas”, afirmou Amazonino.
O governador ressaltou, conforme as avaliações feitas nos primeiros 30 dias de gestão, que a atual administração herdou a máquina com um elevado grau de desorganização, marcado pelo isolamento dos órgãos estaduais.
“O Governo está pulverizado, descontrolado. Há dificuldade de coleta de informações. Sem dados e informações não se planeja e nem há correção. É elementar o conhecimento. E o governo que nós herdamos era desconexo, cada secretaria tinha um isolamento, tinha autonomia. Vamos adotar uma série de normas para acabar com esse ‘ilhamento’, isolamento, esse arquipélago que virou o Governo”, frisou.
Amazonino determinou que até dezembro o diagnóstico da máquina administrativa, que inclui auditorias, revisão de contratos e definição de mecanismos para redução de despesas, estará concluído. Ele afirmou que a partir de 2018 haverá a governabilidade esperada na gestão. “Estamos tentando governar e vamos chegar lá. A reunião é para acelerar, correr contra o tempo. Eu me dei um prazo, e eu tenho até o final de ano para colocar o Estado em ordem, para que o ano vindouro a gente tenha um governo sério, eficaz e organizado”, disse.
As decisões tomadas a partir do diagnóstico que está sendo feito, segundo o governador, também têm o objetivo de dar tranquilidade ao estado e corrigir o problema que atinge o Amazonas há anos, que é gastar mais do que se arrecada. “A situação do estado é crítica. Só com aluguel de carros, imóveis e manutenção, se gasta mais de R$ 200 milhões por ano. Está tudo estourado. Não há um setor do Estado equilibrado. Estão com déficit financeiro e de serviço. A organização pública é para servir a população”, destacou.
Ações de Governo – Amazonino Mendes destacou alguns avanços da sua administração nos primeiros 30 dias de Governo, como nas áreas de saúde e segurança. Entre os destaques está a redução na fila para exames cardiológicos; a realização de 150 procedimentos de cateterismo e a expansão da capacidade do Hospital Francisca Mendes para esse tipo de intervenção; revisão de contratos para pagamento de terceirizados do setor da saúde; e ativação de dez leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Pronto Socorro da Criança da Zona Sul.
Na área de segurança, o governador ressaltou a redução nos índices de criminalidade e o reforço do policiamento nas ruas da capital. “Não teve dinheiro, não teve nada. Só administração”, disse ao se referir à implantação, no mês passado, de novo modelo de policiamento, com a entrega de 51 novas viaturas, na zona leste de Manaus, e que será gradativamente ampliado para toda a capital.
Em outubro, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM) registrou o menor número de homicídios dos últimos quatro anos, com redução de 30%, se comparado a igual mês do ano passado. Na área da Educação, a secretaria já trabalha no edital para a realização de concurso público para 8,1 mil vagas, sendo sete mil somente para professores.
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