Governo destaca investimentos de U$ 852 milhões em obras de infraestrutura, em execução e em tramitação junto à CAF

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O Governo do Amazonas contabiliza U$ 825 milhões em obras em execução e projetos em tramitação junto a instituições financiadoras para requalificação de igarapés em Manaus e Maués (a 276 quilômetros da capital), intervenções no sistema viário, infraestrutura da Cidade Universitária e duplicação da AM-010. Os projetos, coordenados pela Secretaria de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Manaus (SRMM), foram apresentados na terça-feira, 4 de agosto, pelo governador José Melo, em entrevista coletiva.

O governador falou aos jornalistas no canteiro de obras de uma nova ligação viária, no bairro São Raimundo, zona sul, onde o Governo do Estado executa obras que fazem parte do Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim). Além das intervenções na bacia do São Raimundo, que somam investimentos de U$ 400 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o governador destacou obras do Prosamim em outros quatro igarapés de Manaus.

 “O Estado conseguiu construir um ‘master plan’ envolvendo todos os igarapés com intervenções do Prosamim para avançarmos com a requalificação dessas áreas, como a conclusão das obras na bacia do Educandos, que vai permitir ligar o Distrito Industrial até a Manaus Moderna, a intervenção na bacia do São Raimundo e também permitindo que se faça investimentos em outras pequenas bacias, a exemplo do igarapé do Bindá, no bairro da União, e os igarapés da Sharp e São Sebastião”, detalhou.

Os investimentos na bacia do São Raimundo somam U$ 280 milhões do BID e U$ 120 milhões de contrapartida do Estado e contemplam obras em cinco bairros – Aparecida, São Raimundo, Glória, Presidente Vargas e Centro – que devem beneficiar, de forma direta,  4 mil famílias que somam quase 20 mil pessoas.

Entre as obras em execução nesta fase do Prosamim, destacam-se a ligação viária entre a avenida Presidente Dutra e a rua Cinco de Setembro, a urbanização do Parque das Cacimbas, ambas no bairro São Raimundo, e a construção da Quadra Bairro Mestre Chico II, com 180 unidades habitacionais, na rua Ramos Ferreira, Centro.

Com as intervenções já concluídas e em andamento, o Governo do Amazonas já reassentou 3.555 famílias da bacia do São Raimundo. Duas obras foram entregues nesta fase do Prosamim: o Residencial São Raimundo, com 216 unidades habitacionais, em julho de 2014, e o Parque Residencial Rio Negro, um dos mais novos cartões portais de Manaus, inaugurado em abril deste ano.

Mais quatro igarapés – O Governo do Amazonas também mantém projetos de requalificação urbanística em outros quatro igarapés de Manaus, por meio de financiamento junto à CAF. Os investimentos são da ordem de U$ 75 milhões, sendo U$ 52,5 milhões da CAF e U$ 22,5 milhões de contrapartida do Estado. As obras já estão sendo executadas no igarapé do Sesc (bairro Flores, zona centro-sul), com previsão de entrega em dezembro deste ano, e no igarapé da Sharp, no bairro Armando Mendes, zona leste, com entrega do primeiro trecho prevista para fevereiro de 2016.

Ainda com recursos da CAF, o Governo do Amazonas abriu licitação para intervenções, da ordem de R$ 10,9 milhões, no igarapé do Bindá, entre o Parque Dez e o bairro da União, zona centro-sul de Manaus. Outra licitação em andamento é para o igarapé São Sebastião, no bairro Petrópolis, zona sul, no valor de R$ 40,130 milhões.

Prosai Maués – No interior do Estado, o Governo do Amazonas executa o Programa de Saneamento Integrado de Maués (Prosai Maués), que prevê intervenções nas Lagoas do Donga, Prata e Maresia, com projeto de requalificação urbanística que inclui ciclo faixa de 3.500 metros no município de Maués, a 276 quilômetros de Manaus. O projeto conta com recursos de U$ 35 milhões do BID, sendo U$ 10,5 milhões de contrapartida do Governo do Estado.

 “Estamos fazendo essa experiência em Maués, em três lagoas. Temos dez cidades que precisam da intervenção do Prosamim e estamos com os projetos preparados para essas áreas. Tão logo o Brasil volte a crescer, apresentaremos projetos ao BID para que a gente possa fazer intervenções em dez municípios amazonenses que têm situações muito parecidas com a dos igarapés aqui em Manaus”, disse o governador, ao citar que, além de Maués, precisam de intervenções os municípios de Manacapuru, Parintins, Itacoatiara, Eirunepé, Humaitá, Cacau Pirera, Lábrea, Caapiranga e Anamã.

De acordo José Melo, o Amazonas é um dos poucos Estados brasileiros que têm condições de acessar crédito no exterior. “Se pudéssemos, nós hoje temos capacidade de R$ 4,8 bilhões para acessar. Acontece que o Brasil trata esses créditos no exterior somando os Estados todos e tirando uma média. Mas o Estado do Rio Grande do Sul, por exemplo, não tem hoje condições de pagar pessoal esse próximo mês, imagina ter capacidade de endividamento, portanto o justo paga pelo pecador.  Mas lá na frente, o país voltando a crescer, a gente cria condições para acessar esses recursos”, frisou.

Projetos em tramitação – O Governo do Amazonas mantém projetos em tramitação para financiamento, junto à CAF, de outras obras estratégicas para o Estado. Entre os projetos está o de implantação de infraestrutura e sistema viário da Cidade Universitária, da ordem de U$ 160 milhões, dos quais U$ 48 milhões como contrapartida estadual.

Outro projeto em tramitação na CAF é para obras no sistema viário estadual, incluindo a articulação viária dos Franceses e duplicação: avenida do Turismo, rua Jasmim, complexo de Flores e avenida das Torres; a duplicação AM-010 até o município Rio Pretor da Eva e a ligação viária da avenida Max Teixeira até a avenida do Turismo. Esses projetos viários somam U$ 182,143 milhões, sendo U$ 54,6 milhões de contrapartida do Estado.

 “Estamos conseguindo recursos para desapropriações para permitir que o Anel Leste/Sul possa avançar ligando o Distrito Industrial ao aeroporto e para que a AM-070, que vai até Manacapuru, possa avançar também com as desapropriações”, acrescentou o governador, ao destacar que os novos investimentos devem movimentar a economia. “Nesse momento de crise que estamos passando, esses recursos são um alimento muito forte para a economia do Estado, pois vai empregar muita gente e vai, mesmo com a crise, permitir continuar caminhando e enfrentando todas as dificuldades, olhando de frente”.

Foto: Nathalie Brasil / SECOM