Desde que a Secretaria de Estado de Saúde (Susam) assumiu a cogestão do Hospital Universitário Francisca Mendes (HUFM) em parceria com a Unisol, no início de dezembro, a unidade conseguiu zerar a fila de pacientes internados que aguardavam procedimentos de hemodinâmica, como cateterismo e angioplastia. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (30/12) pela secretária executiva adjunta da capital da Susam, Dayana Mejia de Sousa, que acompanhou a visita de representantes da Associação de Pais de Crianças Cardiopatas (APACC) ao hospital.
Segundo a secretária, o resultado positivo alcançado no setor de hemodinâmica é fruto de uma série de ajustes administrativos e da reestruturação tecnológica que a Susam vem fazendo no HUFM, o que possibilitou a identificação de problemas e a manutenção emergencial de alguns equipamentos, incluindo os de hemodinâmica, que estão fazendo uma média de 12 procedimentos diários.
“Conseguimos não ter mais fila de hemodinâmica de pacientes internados no Francisca Mendes aguardando esse procedimento, hoje nós estamos captando os pacientes que estão na rede tanto nas unidades de terapia intensiva quanto nos ambulatórios aguardando o referido procedimento”, destacou Dayana.
De acordo com a secretária, outro avanço recente se deu na área do diagnóstico pediátrico. “A equipe que trabalha com o diagnóstico da cardiopatia pediátrica nas maternidades também conseguiu diagnosticar todas as cardiopatias e compor a elegibilidade dessas cirurgias, então hoje nós não temos crianças gravíssimas aguardando procedimento dentro das nossas maternidades. Isso nos permitiu uma qualificação assistencial”.
A secretária também frisou que a equipe do hospital trabalha para pôr em funcionamento mais duas salas de cirurgia, além das três que já estão operando na unidade. Uma delas está em fase final de reestruturação e a outra deve ser entregue ainda em janeiro de 2020. Para isso, o hospital conta com um aporte de R$ 1 milhão feito pelo Governo do Estado para a aquisição de equipamentos e insumos que vão compor o novo parque tecnológico do HUFM.
“Já estamos com a quarta sala estruturada recebendo ar-condicionado e últimos ajustes, bem como esse processo de aquisição vai nos permitir ampliação dos leitos de retaguarda para que possamos usar essas cinco salas, onde uma delas vai ficar exclusiva para cirurgia pediátrica”, acrescentou.
Participação social – Durante a visita da Associação de Pais de Crianças Cardiopatas (APACC) ao Hospital Francisca Mendes, Dayana Mejia destacou que o controle social não é encarado como uma barreira por parte da gestão da saúde no Estado do Amazonas. “Controle social faz parte da gestão pública, é importante que nós saibamos que a população – que é a área finalística, que é o nosso objetivo maior na gestão pública – seja parte do processo decisório, de elegibilidade de ações”, disse.
De acordo com ela, ao longo de 2019 houve um estreitamento na relação do Governo do Estado, por meio da Susam, com as representações da sociedade civil no sentido de atender às demandas e promover melhorias no sistema estadual de saúde.
“É necessária essa sensibilidade, esse cuidado, e nós fizemos isso ao longo do ano inteiro, não pretendemos deixar de fazê-lo, faz parte da cara dessa gestão, do olhar dessa gestão, o governador tem essa postura, então é nossa responsabilidade trazer a sociedade para os processos de construção da nova saúde”, acrescentou Dayana.
Durante a visita, o presidente da APACC, Dione Carvalho, constatou o pleno funcionamento do setor de hemodinâmica e da sala de tomografia, que recebeu manutenção na semana passada. “Quem conhece a nossa história, sabe que a gente está cobrando. Entra governo e sai governo, e nós cobrando de uma forma que a máquina burocrática melhore, e graças a Deus nós estamos tendo resposta positiva por parte do Governo do Estado”, afirmou.
Foto: Tácio Melo / Secom