O pirarucu de manejo, de municípios do médio Solimões, deve ganhar selo de qualidade próprio, através do projeto Selo de Indicação Geográfica de Origem.
Inicialmente cerca de dez mil famílias da Reserva Mamirauá serão beneficiadas com o projeto.
O projeto é conduzido pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE, com participação do Instituto Mamirauá e o Instituto de Desenvolvimento Sustentável da cidade de Fonte Boa, considerando os municípios de: Fonte Boa, Maraã, Alvarães, Uarini, Japurá, Juruá, Jutaí, Tonantins, e Tefé, conforme orçamento e pesquisa anterior.
Existe a possibilidade de saída ou entrada de municípios na lista. O processo de implementação do projeto deve ocorrer em dois anos, algumas regras do processo estão sendo praticadas, outras serão desenvolvidas, bem como um grande estudo, que servirá para definir as características e processos utilizados no manejo do produto a serem informadas no selo.
Orçado em R$ 500 mil, o projeto já conseguiu cerca de R$ 350 mil para os investimentos de implementação. Após o período, o projeto criará um conselho regulador em cada um dos municípios contemplados para fiscalizar e aplicar o selo aos pescadores beneficiados. O SEBRAE – AM, deve visitar os nove municípios contemplados junto a um técnico do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – MAPA.
O lançamento do projeto ocorrerá em Manaus, e no dia 22 de fevereiro acontece a primeira visita e reunião de trabalho no município de Tefé.
Selo de Indicação Geográfica
A Indicação Geográfica (IG) é usada para identificar a origem de produtos ou serviços, quando o local tenha se tornado conhecido, ou quando determinada característica ou qualidade do produto ou serviço se deve a sua origem. O selo é disponibilizado pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI, e contribui para a agregação de valor no mercado externo como demais regiões do Brasil, e outros países, por ser um produto especial que segue regras rígidas de garantia de qualidade. Outros projetos do Amazonas estão registrados em planilha do INPI, como a Produção de Guaraná no município de Maués, e de Peixes Ornamentais do Alto e Médio Rio Negro, ambas já com registro concedido, e o de Produção de Farinha de Mandioca da região de Uarini, que contempla Tefé, e Produção de Abacaxi da Região de Novo Remanso, ambas em andamento.
Por Ana Paula Blenk / Portal TeféNews Foto: amanda Lélis
