Candidato à Conselheiro Tutelar não eleito pede anulação das eleições

CMDCA

Um candidato à Conselheiro Tutelar de Tefé não eleito entrou com pedido de cancelamento do processo eleitoral para escolha dos membros do Conselho Tutelar do município. Marcos Paulo (Marquinhos), obteve 616 votos, e ficou suplente na 7ª colocação.

O candidato entrou com recurso no Ministério Público Estadual (MPE) e no Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA). Ele cita na ação a desorganização do processo, a falta do caderno eleitoral fornecido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) nas escolas Santa Teresa, e Eduardo Ribeiro, além da falta de cédulas de votação, e atraso na abertura das sessões.

O recorrente pede ainda, a nulidade dos votos do candidato eleito na 5ª colocação, Egnaldo, com a justificativa de que um dos mesários é ex-cunhado do candidato.

A Presidente do CMDCA/Tefé, Jocyele Andrade, esclareceu em entrevista ao TeféNews sobre os recursos, segundo ela, a ausência do caderno eleitoral que contém os dados dos eleitores de cada seção, e fornecido exclusivamente pelo TRE e ouve um atraso na entrega nas sessões das escolas citadas por ele, porém, eles foram entregues ao meio dia e os eleitores foram avisados que poderiam ir à sessão na parte da tarde, além do aviso nas sessões, a organização também foi aos rádios comunicar sobre o problema, que logo foi sanado.

Sobre a falta de cédulas de votação, Jocyele afirma que as cédulas foram impressas no dia da votação para garantir mais segurança no processo eleitoral, e que apenas uma seção do bairro Abial ficou por cerca de 30 minutos sem cédulas, o que não atrapalhou no andamento da votação, pois os 20 eleitores presentes na seção aguardaram até a chagada das cédulas para realizar o voto. Sobre possíveis atrasos na abertura de sessões, não foi registrada nenhuma ocorrência do tipo nas atas preenchidas pelos membros das mesas de votação.

Com relação à denúncia de vantagem do candidato eleito Egnaldo, Jocyele diz que o concorrente não possui diferença expressiva que caracterize violação no processo eleitoral, e que o mesário era representante da Prelazia de Tefé, de acordo com ela foi feito convites aos alunos da Universidade Estadual do Amazonas (UEA) que receberiam o benefício de ganho de hora/aula, mas apenas quatro acadêmicos se cadastraram para o trabalho, por isso, fizeram o convite a outras instituições.

O CMDCA deve entregar ao MPE um relatório com esclarecimentos sobre as possíveis fraudes citadas pelo recorrente nos próximos dias, e aguardará a decisão do órgão.

Por Ana Paula Blenk / TeféNews