Indicação Geográfica sobre farinha da região começa a ser implantada

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representantes de diversas entidades participaram da reunião no SEBRAE

A farinha produzida nos municípios de Tefé, Alvarães e Uarini, receberá Indicação Geográfica (IG), um reconhecimento que vincula tradição, qualidade e território, evidenciando que o produto é um patrimônio regional que deve ser protegido e promovido, fortificando e estendendo as vendas do produto, que tem grande popularidade na região.

Entre os dias 06 e 08 de julho foram realizadas reuniões nos três municípios, que abrangem a região para esclarecer sobre os benefícios e os desafios para a estruturação do processo, afim de que em breve a farinha feita por produtores locais, receba um selo que a qualifique para extensão da comercialização. Para isso, esses produtores receberão instruções quanto a higienização, e boas práticas de fabricação. Após esse processo, que dura em torno de 16 meses, o produto receberá embalagem adequada, e um código no rótulo, onde o consumidor saberá através da internet, em qual município a farinha foi fabricada e ainda o produtor e sua comunidade. O produto só será comercializado com o selo, se o produtor seguir as normas corretamente.

Para receber a Indicação Geográfica, foi realizada em 2014, uma análise que revelou que a farinha produzida na região tem reconhecimento e boa aceitação de pessoas de outras localidades.

Para o analista do SEBRAE Emanuel Elinelson, A Indicação Geográfica, tem objetivo fundamental de preservar esse produto, “Notamos que em Manaus, devido a sua popularidade, alguns comerciantes vendem outro tipo do produto, com rotulação de farinha de Uarini, depois da Indicação essa prática ilegal será erradicada, pois o consumidor terá a garantia de que o produto é genuíno e possui qualidades particulares ligadas à sua origem” esclareceu Emanuel. O analista disse ainda que durante as reuniões foi possível observar entre produtores um clima de esperança na valorização do produto “Eles entenderam que a partir disso, o produto que já é popular, ganhará maior notoriedade, e agregação de valor, que faz bem aos produtores, aos consumidores, e ao município” finalizou o analista.

A próxima etapa da Indicação iniciará em alguns dias quando será feito um levantamento das comunidades do entorno dos municípios e volume do produto em toneladas que é fabricado. O estado do Amazonas possui somente uma indicação geográfica, de peixe ornamental.  Em andamento além da farinha de Uarini, outra indicação está em processo de execução, a do abacaxi na vila Novo Remanso em Itacoatiara. Essas ações contam com apoio das instituições: SEBRAE, IDAM, SEPROR, MAPA, EMBRAPA, INPI, IPEM, Instituto Sustentável Mamirauá – IDSM, e as Prefeituras Municipais.

Por Ana Paula Blenk / Foto: Divulgação