A onça-pintada vive na copa das árvores durante quatro meses, em regiões da Amazônia
Central. O macaco-de-cheiro-de-cabeça-preta é uma espécie endêmica da Reserva Mamirauá.
Essas são algumas das informações que estão sendo compartilhadas no Senado Federal
durante a exposição de fotos comemorativa aos 20 anos do Instituto Mamirauá, na galeria do Senado. São as publicações especiais do informativo “O Macaqueiro Kids” – a onça-pintada e o macado-de-cheiro-de-cabeça-preta, distribuídas gratuitamente os visitantes da exposição. As duas publicações também têm um jogo da memória encartado: a dieta da onça-pintada e os amigos do macaco-de-cheiro.
“O Macaqueiro” é uma revista institucional publicada desde 1999 que, assim como o Instituto Mamirauá, está completando 20 anos. Há três anos, o Instituto Mamirauá, organização social vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), produz uma versão para público infantil. Em 2017, o tema foi a onça-pintada e as pesquisas desenvolvidas pelo Grupo de Pesquisa Ecologia e Conservação de Felinos na Amazônia. A publicação foi produzida com recursos da Fundação Gordon e Betty Moore.
O pesquisador e líder do grupo, Emiliano Esterci Ramalho, conta que os pequenos leitores
também vão aprender sobre “os hábitos da onça por meio das descobertas dos pesquisadores do Instituto Mamirauá, que investigam, há mais de dez anos, a ecologia da onça-pintada nas florestas inundáveis da Amazônia”.
Uma das descobertas feitas pelo grupo, ao longo dos últimos dez anos, foi a que as “onças-
pintadas que vivem nas florestas de várzea da Reserva Mamirauá exibem um comportamento único entre os grandes felinos. Durante a inundação, vivem durante cerca de quatro meses do ano em cima de árvores onde criam os seus filhotes e nadam de uma árvore para a outra em busca de alimentos”.
Os macacos da Reserva Mamirauá
Uma publicação rica em informações e divertida! Assim é edição número 80 de “O Macaqueiro Kids”, especial sobre o macaco-de-cheiro-de-cabeça-preta, uma espécie que só ocorre na Reserva Mamirauá e é estudada pelos pesquisadores do Instituto Mamirauá. “Quem já não viu um macaco, seja no zoológico ou na TV? Macacos são cientificamente chamados de primatas e são parentes próximos dos seres humanos. Muitos hábitos são parecidos com os nossos, como a vida em grupos familiares, o cuidado da mãe com os filhotes e, claro, muitas brigas! ”, argumenta a pesquisa Fernanda Paim, líder do Grupo de Pesquisa Biologia e Conservação de Primatas do Instituto Mamirauá.
Na publicação, a pesquisadora explica que a maioria dos primatas gosta de viver nas árvores, descendo raramente ao chão. A dieta deles pode ser bem variada, mas gostam de comer principalmente frutas, insetos e até aranhas! “E você sabia que a floresta também precisa do macaco? Pois é. Depois de se alimentarem, os macacos defecam e todas aquelas sementinhas encontradas nas fezes vão germinar e se transformar em novas árvores. Legal, né? ”, argumenta.
Na edição, o público vai descobrir o que é ser um macaqueiro e como iniciaram os primeiros trabalhos com primatas na Reserva Mamirauá, mostrando também algumas das espécies que ocorrem lá. Além das informações, a edição do Macaqueiro Kids também conta com jogos superdivertidos, para testar conhecimentos sobre os primatas. Um jogo da memória sobre os “amigos” do macaco-de-cheiro- foi desenhado pelo maior desenhista de primatas do mundo, o Stephen Nash, que mora nos Estados Unidos.
Com informações da assessoria/Foto: Bernardo Oliveira