Um treinamento sobre elaboração dos projetos para o plano safra 2015 e procedimentos para seleção dos produtores para os programas de Pre-mecanização e Pro-calcário foi realizado na última terça-feira(13) na unidade do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal sustentável do Amazonas em Tefé UNLOC-IDAM.
O treinamento foi realizado pelos representantes de Manaus, Alexandre Henrique de Araujo, Coordenador de Culturas Industriais da SEPROR, Carlos Alberto de Magalhaes, Gerente de Credito Rural do IDAM e Marco Pettilo, Coordenador de Mecanização da SEPROR.
Para o Coordenador de Culturas Industriais, Alexandre Araújo, o treinamento teve como foco, auxiliar os funcionários da Unidade local do IDAM, na elaboração dos projetos para o plano safra 2015 e nos procedimentos para seleção dos produtores a serem enviados à Agência de Fomento para cumprimento de uma meta estabelecida de mecanização de solo de 300ha para a cultura de mandioca e 50ha para fruticultura em Tefé. Além da premecanização estão sendo realizados também procedimentos para o procalcário.
De acordo com Alexandre, a meta de mecanização de 300 hectares está próxima de ser alcançada. Restando apenas o resultado das pesquisas cadastrais, quanto à possíveis restrições ao produtor. Não havendo restrição a ninguém, a meta estará completa.
O coordenador afirma ainda, que as comunidades mais distantes do município, que possuem no momento dificuldades de trafegabilidade em decorrência da vazante do rio, já estão pré-selecionadas para entrarem no programa a partir de maio de 2016, quando o rio começa a dar condições de tráfego às regiões remotas. Sobre a possibilidade de outros agricultores se enquadrarem no programa, numa possível substituição em virtude de restrição, Alexandre afirma que os interessados devem procurar o IDAM/Tefé, com documentos necessários para realizar o cadastro.
Alexandre aproveitou para agradecer e parabenizar o IDAM/Tefé, à prefeitura, aos parceiros, e à impressa que tem divulgado as ações desenvolvidas no município de Tefé. Aos produtores o coordenador afirma o compromisso do Governo do Estado em garantir o crescimento e fortalecimento da agricultura, dando mais oportunidades e benefícios para produção, além dos subsídios no custo dos trabalhos e carência em prazo suficiente para o pagamento a ser efetuado pelo produtor. “Essas ações são ferramentas importantes para que o produtor possa alavancar sua produção e produtividade das culturas, pois com a mecanização o produtor terá maior quantidade de raiz de mandioca e consequentemente mais farinha produzida por hectare, bem como aumento na produção de fruticultura” disse.
Sobre a vinda do governador à Tefé programada para o dia 26 de outubro, para realizar inauguração do Banco do Povo e do posto da AFEAM, Alexandre ressalta que as duas inaugurações são grandes conquistas para o município, e a expectativa é que no mesmo dia, os primeiros projetos da premecanização sejam efetivamente firmados.
Sobre os Programas
O Plano Safra, foi anunciado pelo Governo do estado e Secretaria de Estado da Produção no dia 17 de agosto, e destina investimentos ao setor primário do estado do Amazonas, como forma de financiamento parcial. De acordo com o gerente do IDAM/Tefé Sidney Araujo, serão beneficiadas 350ha de área para produção agrícola, sendo 300ha destinados exclusivamente à produção de mandioca e 50ha para a fruticultura. O Plano Safra será desenvolvido em três etapas: A Mecanização, que terá a bonificação do Governo de 85% do valor, ficando o restante a ser pago pelo agricultor, que terá carência de quatro anos, e oito anos para realizar os pagamentos, sem acréscimo de juros ou taxas. A segunda etapa é o Pró-Calcário, fase em que a área receberá os nutrientes necessários ao solo, nesta, o investimento do Governo será de 50%, ficando o restante a ser pago pelo agricultor sob as mesmas condições da primeira etapa. A terceira etapa é a Implementação, onde se dará o plantio das culturas, nesta, o tempo de carência para o agricultor varia de acordo com o tempo de colheita da cultura, a taxa é de 3% ao ano para o governo, e 2% para o IDAM, taxa de assistência técnica que o órgão fornecerá ao agricultor ao longo da produção.
Foi realizada uma seleção dos agricultores, que comprovaram posse de terras e disponibilidade de áreas degradadas e capoeira, pois o programa não permite desmatamento de área, estão realizando agora os trabalhos de verificação cadastral, que permitirá encontrar possíveis restrições ao agricultor.
Nenhum valor será entregue diretamente ao produtor, todos os contratos serão entre os órgãos responsáveis e as empresas prestadoras dos serviços e vendas, o produtor receberá todos os serviços sem precisar se preocupar com isso. O IDAM vai acompanhar os agricultores ao longo do processo de plantio, colheita até a comercialização dos produtos, aplicando técnicas afim de garantir boa produtividade.
Ainda de acordo com Sidney Araújo, os pagamentos só serão realizados aos fornecedores após comprovação da preparação da área.
Por Ana Paula Blenk / Foto: Fábio de Oliveira