Cães especializados em faro de narcóticos fazem a diferença na Base Arpão

Precisos quando o assunto é farejar entorpecentes, os cães policiais são empregados em operações nas regiões de influência das fronteiras do Amazonas com objetivo de combater o tráfico de drogas e prender envolvidos nesse tipo de crime. Na base fluvial Arpão, localizada no rio Solimões, próximo ao município de Coari (a 363 quilômetros de Manaus), os cães especialistas em faros de narcóticos são essenciais durante as revistas em embarcações de médio e grande porte.

Em todas as edições da operação, dois cães da Companhia de Policiamento Independente com Cães (CIPCães), da Polícia Militar, são empregados durante as fiscalizações. Em março de 2020, o cão policial Tysson ajudou a localizar mais de 3 toneladas de entorpecentes que estavam escondidos no porão de uma balsa que carregava seixo ilegal. O flagrante já é considerado o maior feito durante os oito meses em que a base foi instalada.

Durante a nona edição da operação, as cadelas Jade e Zoe vão atuar por 30 dias na missão de combater a criminalidade. Elas revezam o trabalho durante os dias, têm um tempo de descanso em um local exclusivo e fazem um passeio diário pela comunidade como forma de tirar o estresse. As cadelas policiais são empregadas em revistas mais longas, principalmente em grandes embarcações e compartimentos pequenos, de difícil acesso, onde seria complexa a atuação de um policial humano.

Segundo o sargento Eliel Gomes, do CIPCães, de todos os investimentos feitos na operação da Base Arpão, um dos que mais rendem apreensões no combate ao crime são os cães policiais, pois conseguem dar um norte de onde o entorpecente pode estar escondido, facilitando assim a busca pelo material.

“Com o olfato, eles conseguem identificar a localização da droga, grandes apreensões já foram feitas com eles. Nessa edição temos a Jade, que é uma cadela muito experiente. Ela atua também na guarda e proteção e, em breve, estará indo para a reserva. Temos a Zoe, uma labrador novinha, que está iniciando sua vida na polícia agora. Ambas são de duplo emprego”, explicou.

O sargento disse, ainda, que desde pequenos os cães policiais são treinados para atuar em operações longas e, por conta da rotina agitada e de muito trabalho, com cinco a sete anos de vida, eles são aposentados. “Desde o nascimento, os cães são selecionados e treinados para aptidões específicas de acordo com a raça e biótipo. Hoje nós estamos com uma ninhada nova na companhia, cujo treinamento já começou”, afirmou Gomes.