PF cumpre 10 mandados de busca e apreensão contra garimpo ilegal em Jutaí, no AM

A Polícia Federal no Amazonas cumpriu, nesta quarta-feira (20), dez mandados de busca e apreensão e dez medidas cautelares durante operação Uiara III, que investiga o garimpo ilegal em Jutaí. Entre os alvos estão o prefeito da cidade, Pedro Macario Barbosa, secretários e assessores municipais. Eles são suspeitos de cobrar propina de garimpeiros.

A terceira fase da operação ocorreu em Jutaí e em Manaus. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços de investigados na cidade, que fica no sudoeste do Amazonas. Na capital, a operação ocorreu em um condomínio onde o prefeito tem uma casa.

Já entre as medidas cautelares está o afastamento do cargo e de funções públicas, de acesso à prefeitura de Jutaí, além da cassação de autorizações de garimpos de minério ilegal.
Pedro Macario Barbosa é suspeito de chefiar um esquema que usa a Prefeitura de Jutaí e secretarias para cobrar propina de garimpeiros que atuam ilegalmente na região.

Conforme as investigações, os valores eram pagos em ouro ou dinheiro em espécie. Em novembro do ano passado, o prefeito chegou a ser preso com 257 gramas de ouro ilegal.

De acordo com as informações, os alvos da operação também cobravam propina dos donos de postos que vendiam os combustíveis para as dragas usadas em garimpos na região. O pagamento garantiria que a prefeitura fizesse vista grossa para a prática ilegal.

A operação desta quarta é resultado de uma investigação que começou em 2019 após a prisão de um garimpeiro.

Operações anteriores
Em nota, a Polícia Federal disse que a operação Uiara I teve como objetivo a desintrusão [retirada] de garimpeiros ilegais na região de Autazes e Nova Olinda do Norte. Na ocasião, foram destruídas 131 balsas, sendo três pessoas presas com 150 gramas de ouro extraído ilegalmente da calha do Rio Madeira.

A Operação Uiara II também teve por objetivo a desintrusão de garimpeiros ilegais na região de Borba. Nessa fase do trabalho da PF, foram destruídas 34 balsas.

O órgão também disse que toda a atividade de lavra de minério na região é ilegal e que as ações objetivando a desintrusão de garimpeiros continuarão a ser realizadas, assim como serão estendidas no decorrer do ano a outras regiões do Amazonas.

*Com informações do G1 Amazonas