Anunciado para esta quarta-feira(30), o Bingão da virada tinha uma tartaruga como prêmio. O “promotor” do evento, Alailson Pereira de Souza, 26, deu o endereço de casa para os interessados, e vendia os cartões, pessoalmente, quando foi preso por crime ambiental pela Polícia Militar (PM), na segunda-feira (28), por volta das 13h30.
O Bingão ocorreria na rua Samuel Fritz, no bairro Abial, em Tefé. O suspeito foi indagado pelos militares sobre a localização do quelônio. Ele não teve problemas em indicar que a tartaruga estava em uma caixa d’água, na sua residência. Parecia não ter a menor noção do tamanho da “bronca”.
Os policiais tiveram que informar ao infrator que essa prática caracteriza crime ambiental. Tartaruga e cartelas do bingo foram apreendidas e os policiais deram voz de prisão ao autor.
A 5ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Tefé fez os procedimentos finais.
Crime ambiental
A venda de tartaruga é considerada “tráfico de animal silvestre” pela legislação. A multa pode chegar a R$ 400 mil. Esse tipo de tráfico é o terceiro maior comércio ilegal do planeta, atrás apenas dos tráficos de armas e drogas. O consumo de tartaruga é histórico no Amazonas, rendendo muitos pratos e alimentando muitas pessoas. A criação em cativeiro está bastante difundida no Estado. A preferência culinária é apontada pelos ambientalistas como uma das causas para a espécime ter entrado na lista de extinção. A previsão legal dos crimes ambientais tem base na Constituição Federal de 1988, de onde deriva a legislação específica.
*Via Portal do Marcos Santos Foto: Divulgação