Após assassinato e ataques, sindicatos se unem contra pirataria nos rios do Amazonas

Em uma reunião realizada no último dia 26, o Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial do Amazonas (Sindarma) liderou esforços conjuntos com o Sindflu e o Sintraqua, representando os fluviais da Seção de Convés e os Trabalhadores Aquaviários, respectivamente. O encontro em Manaus teve como objetivo principal abordar a crescente ameaça de ataques de piratas nos rios e portos da região, que culminou recentemente no trágico assassinato de um tripulante.

O vice-presidente do Sindarma, Madson Nóbrega, enfatizou a urgente necessidade de reforçar a presença policial nos rios e áreas portuárias do Amazonas. O episódio fatal ocorrido na última terça-feira, quando um tripulante foi morto durante um assalto em Porto Velho (RO), serviu como alerta para a gravidade da situação. Dados apresentados durante a reunião revelaram que, somente na região do Ceasa, em Manaus, cinco embarcações foram assaltadas nos últimos seis meses, evidenciando a urgência de ações preventivas.

Diante desse cenário, as entidades sindicais concordaram em elaborar um documento único, a ser entregue aos órgãos públicos, delineando as áreas de maior risco e propondo medidas emergenciais para coibir os ataques e ameaças. A proposta, apresentada pelo Sindarma, visa consolidar o posicionamento unificado das três entidades, fortalecendo assim a voz dos trabalhadores fluviais junto às autoridades. Além disso, os representantes sindicais planejam reuniões regulares com o Poder Público para acompanhar de perto o progresso na implementação das medidas acordadas, visando a segurança e proteção dos trabalhadores que enfrentam os desafios dos rios amazônicos.