O barco Zona Franca Verde, integrante do programa Pronto Atendimento Itinerante (PAI) do Governo do Estado, iniciou nesta quarta-feira (22) uma viagem de seis meses aos municípios das calhas do Japurá e do Médio Solimões. O barco vai permitir que a população do interior continue a ter acesso aos serviços de saúde, previdência e bancários, além de emissão de documentação básica. Paralelamente, os barcos Puxirum I e II também estarão em missões nas calhas do Juruá e do Purus.
Neste ano, pela primeira vez, desde 2003, as três embarcações do programa estadual navegarão simultaneamente pelo interior. Pelo calendário do Zona Franca Verde, que foi totalmente reestruturado, 42 pontos, entre comunidades rurais, indígenas e sedes, de 12 municípios devem ser atendidos até meados de dezembro. Segundo o gerente de Cidadania da Secretaria de Estado da Assistência Social (Seas), que coordena o programa, Eduardo Lucas da Silva, as consultas médicas e odontológicas são os principais serviços oferecidos.
O vice-governador, José Melo, que acompanhou os últimos preparativos para a viagem do barco Zona Franca Verde, enfatizou a importância da embarcação e do trabalho desenvolvido a partir dela para o sucesso das ações na área social implementadas no interior pelo Governo do Amazonas. “É o braço social do nosso governo se estendendo para o interior de forma concreta porque o barco vai equipado com profissionais e instrumentos necessários para cumprir plenamente o papel de levar cidadania para o interior”, destacou.
Equipes multiprofissionais – As embarcações são dotadas de equipes multiprofissionais com clínico geral, odontologista, oftalmologista, ortopedista e enfermeiro, que realizam, em média, 60 consultas diárias. “A pessoa entra, é consultada e receitada, passa na farmácia e recebe o remédio, tudo dentro do barco”, explica Eduardo, informando que os barcos também fazem distribuição de medicamentos.
Em tempos de elevação dos níveis dos rios amazônicos, o gerente da Seas afirma que o PAI tem atuado, em especial, na prevenção e combate às enfermidades provocadas pelas cheias. A novidade, neste ano, foi a inclusão de agências do Banco do Brasil no projeto social. A intenção é proporcionar maior conforto e facilitar o acesso onde não há esse tipo de atendimento, o que eliminou a necessidade de deslocamento de cidadãos para as sedes municipais ou a capital amazonense.
No banco fluvial são oferecidos serviços de recebimento de guias de convênios; títulos compensáveis; tributos municipais, estaduais e federais; pagamento de benefícios sociais e do INSS; saldo e saque em conta corrente; poupança e Poupex e encaminhamento de propostas de contas correntes, cartão de crédito, empréstimos e financiamentos.
Desde a implantação do projeto social, que tem parcerias de 12 órgãos estaduais e federais, o PAI contabiliza mais de 2,1 milhões de atendimentos, contemplando mais de 600 mil amazonenses, em 269 comunidades de 57 municípios. A meta do Governo Estadual, de acordo com a Seas, é alcançar os 61 municípios nos próximos anos.