Deputadas da Aleam comentam a instituição do direito ao voto feminino que completa 92 anos, nesta quinta-feira (3)

Foto: Alberto César Araújo

Nesta quinta-feira, 3 de novembro, é comemorado o Dia da Instituição do Direito e Voto da Mulher, data criada em 1930, que se tornou realidade na vida das mulheres com o voto obrigatório em 1946. Antes disso, as brasileiras não podiam eleger seus representantes, e os candidatos eram todos do sexo masculino, decididos conforme o poder aquisitivo.

Dos 24 parlamentares que compõem o parlamento estadual atualmente, cinco são mulheres: Dra. Mayara Pinheiro (Progressistas); Joana Darc (União Brasil); professora Therezinha Ruiz (PL); Nejmi Aziz (PSD) e Alessandra Campelo (PSC), que está como presidente da Comissão da Mulher, Família e Idoso da Assembleia.

Os avanços que as mulheres conquistaram na vida pública e o quanto ainda é preciso caminhar para se chegar a uma situação de efetiva igualdade na representação política foi comentado pela deputada Alessandra Campelo. “É preciso empoderar as mulheres para proteger seus direitos e assegurar que possam alcançar seu potencial. Muitos já foram os avanços na questão de gênero, mas os desafios para a efetivação de direitos básicos das mulheres são gigantescos. É necessário, também, aumentar a participação das mulheres na política. É preciso ingressar nos partidos, concorrer a vagas, disputar os espaços de poder, porque só ocupados os espaços nas casas legislativas, no executivo e no judiciário ficaremos mais fortes para fazer valera nossa força e nossos direitos”, afirmou.

A deputada Therezinha Ruiz destacou que a luta pelos direitos das mulheres deve ser uma constante. “Atualmente, é um direito de todos os brasileiros, independentemente de raça ou gênero. A inclusão de todas as mulheres na política e em todas as áreas profissionais da sociedade é uma luta constante. Podemos dizer que estamos conseguindo, mas ainda falta muito caminho para continuarmos batalhando juntas”, declarou.

A deputada Joana Darc (União Brasil), que na última eleição ficou com a segunda melhor votação em todo o Amazonas e foi a primeira mulher a obter mais de 87 mil votos na história da política amazonense, comentou a conquista do voto feminino que contribuiu para a abertura da política às mulheres. “Esta é uma vitória da nossa representatividade, da voz da mulher, da ocupação do espaço das mulheres. Nossa luta é constante dentro e fora do parlamento. Estou sempre atenta às demandas da população e apresentando matérias para que possamos mudar para melhor a vida da nossa gente. Criando políticas públicas e dando oportunidades para todos”, declarou.

De acordo com a deputada Mayara Pinheiro (Republicanos), ainda há disparidade entre o eleitorado feminino e a representatividade nos cargos políticos. “Embora sejam mais de 50% da população, as mulheres ainda não ocupam muitos espaços na política. Hoje, segundo o TSE, nós, mulheres, somamos quase 53% do eleitorado brasileiro, mas somos absoluta minoria nos cargos eletivos. Mas Isso pode mudar, se mais mulheres se disponibilizarem a participar do processo político no Estado”, apontou a deputada.

Em números
Atualmente, as mulheres representam 52,6% dos eleitores no Brasil, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
No Amazonas, 51,81% do eleitorado é feminino. Na Câmara dos Deputados, o número de mulheres eleitas para ocupar cadeiras na Câmara dos Deputados cresceu 18% nas eleições deste ano, mas, apesar do aumento de 77 para 91 parlamentares mulheres, o maior número da história, elas ainda representam 17,7% do parlamento federal, segundo levantamento feito pelo +Representatividade, em parceria com o Instituto Update.

*Com informações da assessoria