Exército desativa explosivos abandonados pela Geoknetics, durante pesquisa de solo em Tefé

O Exército Brasileiro terminou a desativação de mais de 15 mil explosivos abandonados em uma área de pelo menos 30 km em Tefé, a 643 km de Manaus. Os artefatos foram deixados no local por uma empresa norte-americana, que decretou falência quando realizava uma pesquisa de solo para exploração de petróleo na área.

O local fica a cerca de 50 minutos de voo de helicóptero de Carauari. Toda a ação foi acompanhada pelo Chefe de Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados (SFPC) da 16ª Brigada de Infantaria de Selva e coordenado pelo SFPC da 12ª Região Militar.
A companhia norte-americana prestava serviço para uma empresa russa que detém o direito de exploração de petróleo em Tefé. Para fazer a pesquisa de solo, a Geokinetics utiliza explosivos.

Foram mais de 6 km de caminhada dentro da selva para concluir o restauro da região que faz parte da denúncia do “campo minado” abandonado.
Dos cinco pontos que faltavam para a conclusão do projeto de restauro, apenas um dos explosivos apresentou continuidade elétrica na espoleta e foi detonado. Nos demais pontos, foram realizados os procedimentos cabíveis demandados pela Agência Nacional do Petróleo.
Segundo o Exército, boa parte dos explosivos já estavam deteriorados por conta do tempo e por ficarem bastante tempo em uma região alagada. Além disso, todos eram biodegradáveis e com o tempo vão se deteriorando caso não sejam detonados.

O supervisor de sísmica da empresa russa, o geofísico Maiton Rian Mota de Alcântara, informou que o projeto contava com um total de 15.052 explosivos naquela região. Todo o projeto de restauração foi concluído no dia 15 de novembro.

Com o término dos trabalhos, a empresa e o Exército devem continuar as atividades em outra área, que possui um campo de aproximadamente 5 mil explosivos.
O campo minado foi denunciado por funcionários da empresa norte-americana em junho deste ano. Eles também disseram que os trabalhadores ficaram sem rescisões e o pagamento de salários que estavam atrasados. O caso é acompanhado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).

Fotos: Divulgação/CMA