O ministro da cooperação econômica do desenvolvimento da Alemanha, Dirk Niebel, em visita a projetos ambientais desenvolvidos no Amazonas, anunciou nesta sexta-feira, dia 16 de setembro, investimentos em energia fotovoltaica (energia solar) para a Copa de 2014.
“Já nos comprometemos em firmar uma dotação financeira com o Amazonas, por meio do Governo Federal, a fim de que sejam desenvolvidos e executados projetos de energia fotovoltaica. A ideia é que a Arena da Amazônia seja o protótipo desta tecnologia desenvolvida na Alemanha”, disse Niebel.
O ministro veio acompanhado por uma comitiva composta por autoridades políticas e ambientais da Alemanha. Niebel revelou que o grupo vem negociando junto ao Governo Federal uma solução para o consumo de energia limpa no Amazonas até a Copa de 2014.
O valor do investimento deverá ser definido mediante a elaboração de um projeto. Mas, conforme a titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Sustentável (SDS), Nádia Ferreira, o Amazonas já vem recebendo consultoria do governo alemão.
“Eles estão nos oferecendo não só apoio financeiro como também técnico”, informou Nádia, ao lembrar que os investimentos na área ambiental com investimento alemão demonstra a confiança do governo estrangeiro na gestão do Governo do Estado.
“Em novembro do ano passado o governador Omar Aziz assinou um termo de doação do banco alemão KFW. O investimento na ordem de R$ 23 milhões está sendo disponibilizado para beneficiar 12 municípios do arco do desmatamento”, disse.
A comitiva alemã chegou na última quinta-feira (15) e permaneceu até a tarde desta sexta-feira, seguindo um itinerário de visitas por unidades de conservação como a do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) e, encerrando a estadia, com visita às instalações do Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim).
Prosamim é aprovado por alemães – Após a visita às obras do Prosamim, o ministro Niebel avaliou o projeto como de grande importância socioambiental. Porém, na opinião dele, a população beneficiada poderia arcar com alguns gastos que, no caso do Prosamim, o Estado assume todo o custeio.
“O projeto deveria exigir mais da população beneficiada. Por exemplo, deveria ser cobrado um aluguel social ou o Governo construiria as casas e a população de baixa renda deveria paga-la em leves prestações. Não acho justo o Estado assumir toda a responsabilidade financeira”, comentou o ministro.
Fonte: Agecom
Foto: Alfredo Fernandes