O Governo do Amazonas e o Ministério da Pesca e Aqüicultura (MPA) avançam no projeto de implantação de um complexo de piscicultura em Balbina, no município de Presidente Figueiredo (a 107 quilômetros de Manaus). Nesta quarta-feira (21), o governador em exercício, José Melo, acompanhado do secretário estadual de Produção Rural, Eron Bezerra, reuniu-se com a secretária executiva do MPA, Maria Aparecida Perez, para discutir o estudo que vai definir a área adequada para o projeto e subsidiar futuros investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
De acordo com José Melo, o Governo Estadual tem interesse em ampliar os investimentos que já estão sendo feitos em Balbina para torná-la um pólo de piscicultura. Em abril deste ano, o Estado inaugurou o Centro de Tecnologia e Treinamento em Aqüicultura de Balbina, que trabalha no desenvolvimento de tecnologia e capacitação para produção de alevinos de tambaqui, matrinxã e pirarucu. Com o projeto do complexo, a previsão é implantar estações de alevinos e peixes.
O estudo científico da área de implantação do complexo está sendo realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e deve ficar pronto em oito meses. “Precisamos regularizar o uso da água fazendo o levantamento detalhado sobre o PH, que tipos de alimentos os peixes cultivados irão se alimentar, além de identificar a existência ou não de contaminação em virtude das comunidades que vivem no entorno da grande área inundada de Balbina, onde será construído o complexo”, destacou Maria Aparecida.
A previsão é que o novo pólo de piscicultura tenha uma produção de mais de 100 toneladas por mês. “O complexo fará do Amazonas um grande ‘celeiro’ na produção de pescado. Utilizando principalmente a piscicultura, o projeto promete alavancar a economia do Estado sem desmatar a floresta amazônica, esse é o grande legado”, avaliou a secretária executiva do MPA. Maria Aparecida também destacou que o projeto poderá ter parcerias com instituições de pesquisa da Noruega, que já demonstrou interesse no setor e tem conhecimento em desenvolvimento de tecnologia na piscicultura. “Essas parcerias aumentarão ainda mais a capacidade de produção de pescado no Amazonas”, comentou.
Fonte: Agecom