Morre Teixeira de Manaus, ícone da música amazonense

A música amazonense perdeu hoje, uma de suas figuras mais emblemáticas, com o falecimento do renomado saxofonista e compositor Rudeimar Soares Teixeira, conhecido artisticamente como Teixeira de Manaus. Aos 79 anos, o músico sofria de um câncer na hipófise, e estava internado na UTI do hospital Santa Júlia desde o ano passado. O artista partiu na madrugada desta quinta-feira, deixando para trás uma carreira rica em contribuições para a música brasileira.

Teixeira de Manaus destacou-se como um dos maiores vendedores de LPs no Brasil durante a década de 1980. Sua habilidade única no saxofone conquistou não apenas a região norte do país, mas o tornou uma presença constante em palcos de todo o território nacional. Gravadoras renomadas do Rio de Janeiro e São Paulo foram responsáveis por produzir seus aclamados discos, catapultando-o para o cenário musical brasileiro.

Sua ascensão meteórica deveu-se, em grande parte, às suas participações nas “festas de beiradão”, eventos que o consagraram entre os ribeirinhos e o colocaram sob os holofotes da mídia. O músico, além de virtuoso no saxofone, deixou sua marca como compositor, sendo autor do icônico hit “Deixa o meu sax entrar”. A canção foi eleita a Cara de Manaus em uma enquete popular promovida pela Rede Amazônica, em 2019, consolidando Teixeira de Manaus como um ícone da cultura local.

Com sua música, o artista transcendeu fronteiras geográficas, conquistando admiradores em várias cidades do Brasil, especialmente na região norte. Seu legado permanece vivo na chamada música de beiradão, um estilo considerado tipicamente amazonense, que Teixeira de Manaus ajudou a difundir e popularizar.
Até o fechamento desta matéria, a família do artista não divulgou informações sobre o velório e sepultamento.