Dentro de seis meses Manaus passa a fazer parte do Sistema Interligado Nacional (SIN) de energia elétrica. O prazo, que corresponde ao tempo que falta para o sistema elétrico da cidade ser ligado ao linhão de Tucuruí, foi dado pelo ministro das Minas e Energia (MME), Edson Lobão, que esteve na cidade nesta segunda-feira, 15 de outubro.
Na companhia do governador Omar Aziz e do senador Eduardo Braga, Lobão visitou as obras da subestação do Lechuga, na AM-010, onde deverá chegar o linhão, para, em seguida, na Sede do Governo, assinar o contrato da obra da nova estação termelétrica a gás Mauá 3. Na mesma ocasião, na presença da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, foi assinado o contrato para a realização de estudos de viabilidade técnica e econômica que deverão permitir a expansão da exploração de gás natural na bacia do Solimões.
Segundo o governador Omar Aziz, há muitos anos não era feito investimento desse porte na região. Em seu discurso, ele fez um retrospecto para lembrar que tudo iniciou há cerca de dez anos, após a eleição do ex-presidente Lula e do ex-governador Eduardo Braga, de quem Omar foi vice-governador.
De acordo com ele, a partir da construção do gasoduto Coari-Manaus e da recuperação do sistema de geração e distribuição de energia, o Estado do Amazonas avançou na questão energética e hoje é autossuficiente na produção de energia. “Quero agradecer à presidenta Dilma. Foi compromisso assumido com a gente trazer o linhão de Tucuruí e a construção de termelétricas para que pudéssemos utilizar o gás e, assim, nos interligarmos ao sistema nacional”, disse o governador.
Somente para a expansão da rede de geração e distribuição de energia os investimentos devem chegar perto de R$ 9 bilhões, segundo o MME. Desse total R$ 3,8 bi estão sendo investidos no Linhão de Tucuruí, cujas obras devem estar concluídas até o dia 31 de dezembro desse ano, ocasião em que também deverá ser concluída a subestação de Lechuga, uma das maiores do Brasil, conforme informou o ministro Edison Lobão.
Outra obra de grande porte é a construção da nova termelétrica de Mauá, na qual está sendo investido R$ 1,1 bilhão, para a geração de mais de 600 megawats de energia. O início da operação da nova termoelétrica está previsto para o primeiro semestre de 2014. O governador Omar Aziz lembrou que somente a nova termelétrica vai gerar cinco vezes mais energia que a hidrelétrica de Balbina. Já o ministro Edison Lobão destacou que a capacidade da nova usina a gás é quase a metade do que é consumido hoje na capital. O ministro disse ainda que foram feitos investimentos para a recuperação de subestações e que está sendo formado na cidade um anel de alta tensão de 65 quilômetros para interligá-las, com a segurança necessária, conectando o sistema de Manaus ao sistema nacional.
Rebaixamento do linhão – O governador obteve do ministro a garantia de que serão feitos estudos para avaliar a viabilidade do rebaixamento das linhas de transmissão do Linhão de Tucuruí, que vem da hidrelétrica de Tucuruí, no Pará, para os municípios do Baixo Amazonas, por onde as mesmas passam a caminho de Manaus. Segundo Omar Aziz, energia confiável facilitaria o desenvolvimento da agroindústria em municípios como Parintins, Barreirinha e Maués, entre outros.
Em relação a Manaus, o governador destacou que os investimentos no sistema de energia elétrica serão fundamentais para a economia do Estado. “Temos um polo industrial e o interesse de ter aqui um polo petroquímico e um polo naval e a energia é fundamental”.
Expansão do Gás – Durante cerimônia na Sede do Governo foi assinado entre o Governo do Estado, a Petrobras e as empresas HRT Participações em Petróleo S.A e TNK um protocolo de intenções para avaliar a viabilidade técnica e econômica do Projeto Solimões, que prevê a expansão da exploração de gás na bacia do rio Solimões. “Vamos estudar juntos a ampliação do potencial gaseifico do Amazonas”, disse a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster.
Ela também falou da expansão do fornecimento de gás para Manaus de 3 milhões de metros cúbicos para 5,5 milhões de metros cúbicos, a partir da entrada em operação da nova termelétrica Mauá 3, além de anunciar o projeto de expansão da Refinaria de Manaus (Reman).
Fonte: Agecom
Foto: Alex Pazuello