Vale alimentação direto no salário. Regulamentação da escala de serviço. Instituição do Código de Ética da Polícia Militar do Amazonas (PM). Auxílio moradia para os praças do interior. Mais respeito para os policiais militares e o cumprimento das promoções. Esses foram os tópicos do discurso do vice-presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM), Platiny Soares (PV), na primeira sessão do segundo semestre de trabalho legislativo de 2015.
“Já está em tempo de atitudes serem tomadas, e principalmente aquelas que não oneram os cofres do governo do estado. Mas é preciso reconhecer e atender os demais pleitos da categoria, ainda que onerem os cofres do governo. Um exemplo disso é a alimentação dos nossos praças. Não precisamos de pesquisa nenhuma para saber que aquela comida servida pela Ripasa é uma porcaria e não serve para os seres humanos”, afirmou Platiny Soares.
Neste segundo semestre a Comissão de Segurança Pública fará visitas aos quartéis como forma de estreitar ainda mais o relacionamento da tropa com a comissão parlamentar que tem diálogo direto com o governador José Melo (Pros).
“Vamos humanizar a polícia militar dando a ela o seu código de ética e disciplina. Nossa escala de serviço já está consolidada e é preciso dar segurança jurídica à ela. Não há maneira melhor de estimular o praça do que dando a ele condições de trabalho dignas e estruturas melhores. E aqui entra o trabalho em conjunto da Comissão de Segurança Pública junto ao governo do estado. Eu e o deputado Maciel somos a maior bancada desta Assembleia, a bancada da segurança pública e estamos aqui para defender os policiais militares”, disse na tribuna da ALEAM, Platiny Soares.
INVESTIGAÇÃO
Platiny Soares defendeu ampla investigação antes de serem feitas declarações que comprometam os policiais militares ao se referir à série de homicídio ocorridos na última semana e que foram publicadas pela imprensa como sendo praticados por policiais militares.
“Não podemos permitir que a mídia dê conotação errada à atuação da polícia militar. Não podemos permitir que sem uma investigação séria, sem o devido processo legal, algum policial seja acusado de qualquer barbárie acontecida nessa cidade. A nossa polícia não pode ser acusada de nenhum crime sem investigação. Se ocorreram 37 assassinatos é devido a ineficiência de muitos anos na segurança pública, e não de agora”, defendeu Platiny Soares.
Como titular da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa da ALEAM, Platiny Soares, cobrou o mesmo empenho e indignação das entidades de direitos humanos da capital quando do assassinato de um membro das forças de segurança pública do Amazonas e também exigiu da Corregedoria da Secretaria de Segurança Pública que investigue e apresente respostas a esses crimes contra policiais.
“Estou ansioso para ver o dia que qualquer entidade dos direitos humanos se diga indignada com a morte de um policial. Eu vi diversas declarações dos direitos humanos e ninguém falou da morte do Sargento Camacho. Só falaram da morte da vagabundagem. De quem estava se enfrentando por causa de tráfico. Já apareceu policial morto boiando no meio do rio e ninguém disse nada”, criticou o deputado.
PROMOÇÕES
Para Platiny Soares o sentimento da tropa é de desalento por conta das recusas do governo do estado em atender as demandas da categoria, porém, disse Platiny, “os policiais militares sabem do seu dever em proteger e servir a sociedade amazonense”.
“Precisamos de uma resposta do governo do estado para as promoções dos policiais vencidas em abril e também as novas promoções do dia 25 de agosto. A tropa está aguardando e é meu dever manter o diálogo aberto com o governador para que nossos irmãos de farda tenham seu direito reconhecido. Apesar da demora, os praças sabem e reconhecem o dever de proteger e servir a sociedade amazonense”, afirmou Platiny Soares em entrevista à equipe do jornal BAND Cidade.
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