De acordo com a Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), os provedores regionais foram os maiores responsáveis pelo crescimento dos acessos à banda larga fixa no Brasil no último ano. Para se ter uma ideia, juntos, eles seriam a quarta maior operadora do País. E, vislumbrando ainda mais a ascensão deste segmento, a empresa de Processamento de Dados Amazonas S.A. (Prodam) tem firmado parcerias com provedores regionais, contribuindo para a inclusão digital da população que reside no interior do Estado.
A Prodam já tem negociado com provedores regionais que possuem interesse em prestar serviços de telefonia, TV e internet, tanto na capital quanto no interior do Amazonas. Temos buscado mostrar para eles que somos uma alternativa através da infraestrutura de backbone (rede principal pela qual os dados de todos os clientes da Internet passam) que oferecemos, afirmou o diretor técnico da Prodam, Daniel Tadeu, durante o Encontro de Provedores Regionais realizado na última semana, em Manaus, e que reuniu profissionais para discutir temas como políticas públicas, tecnologias, financiamentos e as redes da Amazônia.
Atualmente, a Prodam tem explorado apenas a fibra ótica do projeto do Gasoduto Coari-Manaus, mas a expectativa é, ainda este ano, passar a utilizar também a do projeto Amazônia Conectada, que deve ter o trecho Coari-Manaus concluído até abril, e que colocará a capital em conexão com Tefé, parte da infovia do Alto Solimões.
De acordo com uma estimativa do presidente da Associação de Provedores de Internet do Amazonas (Apriam), Neilson Reis, existem mais de 200 provedores do Estado e para atender a demanda de todos eles o ideal é que houvesse uma expansão na infraestrutura de backbone. Esse é um dos nossos principais desafios, disse.
Os provedores regionais desempenham um papel importante na democratização do acesso à internet, levando a rede a locais em que as grandes operadoras não chegam. Dos 1.091.769 novos acessos em 2016, 385.025 foram provenientes de provedores regionais, representando 35% do total de novos acessos à banda larga fixa no Brasil.