Projeto de universidade americana leva luz para comunidade ribeirinha no AM

Fotos: Eric Bronson/Universidade de Michigan

Amazonas, Brasil — Um grupo de estudantes de engenharia da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, instalou placas solares em uma escola rural na comunidade Boca do Mamirauá, no município de Alvarães, na região do Médio Solimões.

O projeto tem o objetivo de colaborar com as comunidades ribeirinhas e fornecer energia sustentável para que os alunos possam estudar com mais conforto e assim melhores o rendimento e aprendizado nas salas de aula.

“A gente fica muito feliz com essa oportunidade de instalar as placas porque essa escola não tinha energia. A comunidade só tem eletricidade durante a noite, quando liga o gerador,” disse Ethan Shirley, professor da U-M e fundador do projeto.

“A escola precisa de energia durante o dia para tocar o ventilador, para ter lâmpadas e também para bebedouro. As crianças sofrem com o calor e a falta de água gelada. Por isso, elas têm que ser liberadas mais cedo da escola, o que não é bom.”

Esse projeto, parte do Pantanal Partnership, um clube de estudantes da Universidade de Michigan, beneficia tanto a população local quanto os próprios alunos de engenharia.

“Esses estudantes aprendem muito a parte teórica nos Estados Unidos, mas não a prática,” disse Ethan. “É uma grande troca de experiência. A gente está aprendendo bastante com o povo local de como montar um sistema, de como conectar todos os fios e montar as tomadas elétricas.”

Esse projeto já acontece há mais de uma década em outras comunidades no Pantanal. Este ano, o grupo instalou duas placas solares, com verbas da universidade americana.

“É um sistema solar pequeno, mas suficiente para os ventiladores, luzes e bebedouro,” disse Ethan. “A gente espera continuar com essa parceria, e quem sabe, nos próximos anos, voltar trabalhar em outras comunidades e também ajudar com a instalação de um posto médico, que também é um problema aqui.

A professora Nelcy da Silva não poderia estar mais feliz em ver as reformas na escola.

“Nossos alunos vão ter mais conforto daqui em diante,” disse Nelcy. “Agora, eles vão poder cumprir o horário escolar completo e também vão poder se concentrar e aprender melhor.”

 

*Com informações da assessoria