Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), publicados nesta terça-feira (10), o Estado do Amazonas atingiu 2.684 focos de calor na Amazônia em apenas dez dias, o número registrado nesse curto período já supera a máxima registrada em toda a série histórica para o mês de outubro no estado.
Até o momento, os municípios de Lábrea (344 focos de calor), Boca do Acre (263) e Novo Aripuanã (245) lideram o número de queimadas na Amazônia representando 32% do total de incêndios no Estado, além dos municípios do sul do Estado que estão cada vez mais desmatados, a capital do estado Manaus, vem há semanas amanhecendo sobre uma densa nuvem de fumaça vindo desses municípios e também de queimadas na região metropolitana.
Na quarta-feira (11), Manaus é terceiro lugar no ranking mundial em ar poluído do mundo da World’s Air Pollution, apresentando nível péssimo de qualidade do ar. O atual índice de poluição em Manaus é de 439 ug/m3, perdendo apenas para Dalanzadgad, Mongolia (618) e Elverum, Noruega (1234).
Em Manaus, é a fumaça das queimadas florestais a responsável pelo ar nocivo à saúde.
A situação é tão grave que o índice de poluição de Manaus, nesta quarta-feira, é maior que de 15 cidades industriais da China, reconhecidamente como país com péssima qualidade do ar. O índice de Manaus é, por exemplo, o dobro de Pequim (211), capital da China.
Além disso, segundo o aplicativo Selva, da UEA, que vem monitorando a qualidade do ar, Manaus só perde para a cidade mais poluída do mundo, Kathmandu, no Nepal.
Em ambas plataformas de monitoramento, a qualidade do ar é considerada péssima e exige cuidados extremos com a saúde da população.
Os médicos sugerem que a população volte a usar máscara e que as pessoas evitem fazer atividades físicas devido o possível comprometimento das vias respiratórias.
*Com informações do segundo a segundo