O seguro-defeso, que no Amazonas beneficia mais de 18 mil pescadores em 31 municípios do estado, pagou sua última parcela no último dia 15, mas por conta da cheia dos rios, quase todos não puderam voltar ao seu trabalho e muitos estão sem poder retornar às suas casas.
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Trabalho (Setrab) e Sine Amazonas, atendeu pelo Seguro Defeso do Pescador Artesanal 31 municípios, beneficiando cerca de 18 mil pescadores. Ao todo, até 15 março de 2014, foram pagos R$ 49.572,64 milhões, em quatro parcelas de R$ 678 cada.
O deputado estadual Sinésio Campos (PT), recebeu representantes das associações e colônias de pescadores que pleitearam uma prorrogação por 90 dias do seguro-defeso. Por isso solicitou ao Ministro da Pesca e Aquicultura, Eduardo Lopes, em caráter de urgência, que concentre esforços para que os pescadores artesanais e suas famílias não sejam prejudicados, por não poderem trabalhar.
“A gravidade da situação pela qual os pescadores do Amazonas estão passando-me fez requerer que o Ministério da Pesca prorrogue esse benefício. O pagamento do salário mínimo mensal dos pescadores é a melhor forma de contribuir para amenizar os efeitos dos prejuízos causados a suas famílias”, explicou Sinésio.
O estado do Amazonas vive em 2014 uma das maiores enchentes de sua história, levando dezenas de municípios a enfrentar situações de emergência. No último 13 de março, por exemplo, o governador Omar Aziz decretou situação de emergência nos municípios de Manicoré, Novo Aripuanã, Borba e Nova Olinda do Norte, da calha do rio Madeira, como medida preventiva e de socorro, além desses municípios, já decretaram situação de emergência Guajará, Ipixuna e Envira (calha do rio Juruá); Boca do Acre, Pauiní, Canutama e Lábrea, na calha do Purus e Apuí na calha dos rios Madeira/Aripuanã. O município de Humaitá está em estado de calamidade, já obtendo o reconhecimento estadual e federal.