O deputado estadual Sidney Leite (DEM) prestou solidariedade às famílias que residem no lago do Tefé (a 523 quilômetros de Manaus) que ao fugirem da alagação se refugiaram numa área particular e na quarta-feira (30) foram expulsas, por ordem judicial.
Sidney Leite defende que “as decisões da Justiça devem ser cumpridas”, porém, no caso particular das 1.500 famílias, que “se alojaram num terreno que tem dono”, o deputado não aceita que as pessoas sejam destratadas pela polícia – que muitas vezes é ausente para com os narcotraficantes, “aja de forma violenta com pais de família e com mulheres”.
Segundo o parlamentar, não apresentou imagens do despejo das famílias, no plenário da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM), porque todos os telefones celulares daqueles que tentaram registrar o fato foram tomados pela polícia.
“Como parlamentar, democrata que sou, não posso compactuar com isso. Entendo que se foi decisão da Justiça retirar as famílias, que faça, mas não de forma violenta, utilizando tratores; afinal não estavam tratando com bandidos, sim com famílias que foram prejudicadas pela cheia e que estão tentando encontrar um local para ficar até a descida das águas”, disse Leite.
Sidney Leite vai verificar junto a Secretaria de Estado da Segurança para saber de onde partiu a ordem de despejo, quem forneceu o trator, que pagou a hora de máquina, inclusive quem pagou o combustível.
Comissão
Assim que os deputados que fazem parte da Comissão Especial para Acompanhamento e Providências dos Efeitos da Enchente no Estado do Amazonas, criada pela ALEAM, voltarem do Encontro da Unale, Sidney Leite, que preside a Comissão, vai reunir com os membros para pedir ajuda do governo do Estado no sentido de desapropriar uma área para alojar as famílias. “Essas pessoas não podem ficar como estão, ou seja, sem local para morar”, frisou.
Fonte: ALEAM
