Com a prisão do prefeito de Maraã (distante 632 km de Manaus), Luiz Magno Moraes (PMDB), o vice, Edir Castelo Branco, deve assumir a prefeitura do município no primeiro dia de 2017. A informação foi dada pelo secretário da Secretaria Judiciária do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) Waldiney Siqueira, na manhã desta quinta-feira (29).
“O vice é o representante legal, visto que já foi diplomado. E neste caso, não há nenhum impedimento jurídico contra ele. Nada indica envolvimento da sua pessoa no crime que está sendo investigado”, disse Siqueira.
Inicialmente, Edir Castelo Branco será empossado para assumir a prefeitura do município até que a morte do então prefeito do município, Cícero Lopes (PROS), assassinado no dia 28 de fevereiro deste ano, seja esclarecida. Cícero Lopes estava na frente de sua residência quando levou um tiro. Ele chegou a ser encaminhado ao hospital, mas não resistiu ao ferimento.
No dia 4 de março deste ano, Lázaro Moraes de Assis, 40, Aldemir Alves de Freitas, 40, e Marcos Aleksandro Praiano da Silva, 25, foram presos apontados como mandantes do crime. Já no último dia 21 de dezembro, Luiz Magno, que havia assumido o comando da prefeitura após a morte, também foi preso como suspeito do assassinato. Ele também é apontado como mandante.
Segundo o delegado da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Ivo Martins, a motivação do crime seria uma dívida de R$ 40 mil que Aldemir tinha com o prefeito. Aldemir é dono de postos de combustível no município e prestava serviços à prefeitura.
‘Pagamento do crime’
Luiz Magno Moraes (PT) também foi denunciado, em abril, ao Ministério Público do Estado (MPE) por estar nomeando para cargos públicos parentes e pessoas ligadas a outros suspeitos do crime que estão presos.
Magno tomou posse em definitivo do cargo no dia 23 de março, após travar uma batalha jurídica com a presidência da Câmara Municipal de Maraã, deixando familiares de Cícero revoltados.
Para a família do ex-prefeito, a nomeação das pessoas ligadas aos criminosos era uma espécie de ‘pagamento do crime’.
Fonte: Em Tempo