Uariní: apesar dos benefícios, comunitários reclamam do atendimento do barco Pai

O barco Zona Franca verde, integrante do Programa de Atendimento Itinerante (PAI) do Governo do Estado, está desde sexta-feira, 29/07, em Uariní, realizando serviços de saúde, previdência e bancários, além da emissão de documentação básica.

Insatisfação com o atendimento

 Mesmo com todo o pacote de serviços ofertados, comunitários estão reclamando, dizendo ser insuficiente o número de atendimentos diários realizados, principalmente na concessão de benefícios do INSS, emissão de identidade, e atendimento médico.

Segundo eles a espera na fila para pegar uma ficha para ter acesso ao atendente é de mais de dez horas, e é grande o número de pessoas idosas que estão dormindo nas proximidades do barco, em situações precárias, com crianças que dormem em redes improvisadas. Eles afirmam ainda que na maioria das vezes só estão sendo atendidas quinze pessoas por dia, complicando a vida daqueles que vem do interior  em busca dos serviços. Vereadores do Município denunciam que o barco chegou á cidade sem nenhum funcionário do INSS, o que estaria causando esse tumulto, e que foi preciso o prefeito contratar um atendente de Tefé, e um Médico de Manaus para que o serviço ficasse disponível. Outra reclamação que é visível  segundo eles,é  o excesso de burocracia na exigência de documentos, principalmente no registro de nascimento e posse de terra. Eles dizem que os atendentes do barco estão exigindo documentos que nem sempre é possível dispor nessas regiões interioranas. Procurado pela reportagem, o prefeito José Togo Soares, fez um apelo às autoridades estaduais, para que prolonguem o período de atendimento do barco, para não prejudicar as pessoas, principalmente do interior. Disse ainda que  o município está disposto a contratar mais técnicos para o atendimento.

Celso Fernandes de Oliveira

 O coordenador geral do barco zona franca verde, Celso Fernandes de Oliveira, contestou as reclamações, dizendo que infelizmente nessas regiões a desinformação é grande. Ele atribui o problema com o registro de nascimento devido à falta de um cartório cível na cidade, e que por causa disso as pessoas tem que se deslocar para Tefé ou alvarães, para fazer as correções nos documentos. Ele ressaltou a presença de um funcionário do cartório de Alvarães, que está tentando amenizar a situação. Ele negou que esteja dificultando o atendimento, disse que  só está cumprindo as orientações dos órgãos, que são rígidas, principalmente na concessão de benefícios e registros de identidade. Oliveira informou que no período de 29/07 a 03/08 o barco já realizou um total de 1.420 atendimentos, e que não tem como ampliar o horário de trabalho dos funcionários de instituições federais. Depois de Uariní, o barco zona franca verde atenderá Alvarães e Tefé.