Força Pré-Natal – Qualificação é ministrada aos profissionais de saúde

Foto: Pamela Souza

Com o objetivo de reduzir as taxas de mortalidade materna no Brasil, o Ministério da Saúde em parceria com a Prefeitura de Tefé e Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA), iniciou no dia 25, uma Oficina de Qualificação da Atenção ao Pré-Natal, que apresentou o tema “Força Pré-Natal do SUS”.

O evento foi realizado no Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (CETAM), qualificou mais de 100 profissionais que atuam na ponta do Sistema Único de Saúde (SUS) em Tefé e visou colocar em prática a estratégia de qualificação do pré-natal formulada pelo Ministério da Saúde, que depois será levada às demais regiões do Brasil.

“O município está aderindo a essa iniciativa do Ministério da Saúde, porque nossa gestão tem total interesse em reduzir, cada vez mais, os índices de mortalidade materna em Tefé. Temos uma secretaria de Saúde com pessoal capacitado, com estrutura adequada, mas precisamos dessas estratégias, para que possamos alcançar os nossos objetivos nesse segmento. E isso passa, também, pela qualificação dos profissionais e do atendimento”, disse Lecita Marreira, secretária de Saúde.

A enfermeira e coordenadora do Programa Saúde da Mulher, Larissa Marjorie, acompanhou as atividades da oficina e explicou que o curso é uma oportunidade ímpar, para melhorar a atuação dos profissionais que prestam a assistência ao pré-natal no município. “Nós, da SEMSA ficamos muito felizes em poder participar da oficina, porque estamos muito empenhados em mudar o cenário da mortalidade materna. Os servidores que atuam nas Unidades Básicas de Saúde têm feito muitos esforços para essa mudança e esse evento só fortalece esse propósito”.

De acordo com o médico obstetra Edson Souza, do Ministério da Saúde, a opção pelo curso na modalidade presencial foi uma forma de criar vínculo com os participantes e demonstrar o olhar cuidadoso que o governo federal tem com o Amazonas.

Segundo Edson, no ano de 2020, os números do Ministério da Saúde referentes a razão de mortalidade materna (RMM), em Unidades da Federação e Brasil já despertavam preocupação com dados que apontavam 74,7. Já no ano seguinte (2021) esse patamar subiu para 100,9. Sendo a região Norte, a que mais apresenta um cenário preocupante. “Nós queremos mudar essa realidade e temos uma equipe técnica no Ministério da Saúde que tem um olhar muito atento para essa pauta qualificando a assistência ao pré-natal”, disse.

Os participantes da Oficina de Qualificação da Atenção ao Pré-Natal – Força Pré-Natal do SUS, integraram duas turmas que tiveram atividades nos turnos da manhã e da tarde. O curso foi composto basicamente em três eixos: qualificar o pré-natal na atenção primária no pré-natal de baixo risco, coordenar a qualificar o rastreamento de câncer do colo do útero e qualificar a atenção frente à sífilis para reduzir também os números de sífilis congênitas, quando os bebês são expostos a essa doença durante o pré-natal e nascem sem o tratamento adequado com uma numa doença evitável. Dessa forma, médicos, dentistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem, agentes comunitários de saúde e agentes indígenas de saúde receberam orientações e técnicas para captação precoce das pautas.

Após o monitoramento dos resultados obtidos no Amazonas e ajustes necessários do projeto-piloto, a perspectiva do Ministério da Saúde é ampliar as ações em larga escala para todas as equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) do País.

*Com informações da assessoria