Prefeitura de Tefé apoia primeira noite cultural do Projeto Vaga Lume, no interior do Amazonas

Fotos: Divulgação

O projeto tem o propósito de empoderar crianças de comunidades rurais da Amazônia a partir da promoção da leitura e da gestão de bibliotecas comunitárias como espaço para compartilhar saberes. Em Tefé, a iniciativa existe há 13 anos.

Na última sexta-feira, 07/07, organizadores e voluntários do Projeto Vaga Lume, promoveram em parceria com a Prefeitura de Tefé, através da Secretaria Municipal de Educação, Esporte e Cultura, a primeira noite cultural na Escola Municipal Rural Santo Isidoro, contemplando também a comunidade local de mesmo nome.

Durante a programação, houve apresentação da Ciranda Vila de Ega, do Cangaço Flor de Mandacarú, além de rodas de leituras com os alunos presentes e as crianças da comunidade de Santo Isidoro. Na ocasião, também aconteceu o lançamento do livro artesanal “Memórias de Seu Santana”, pioneiro da comunidade.


A diretora da unidade de ensino de Santo Isidoro destacou a importância do apoio do poder público.

“A prefeitura foi a principal responsável pela logística dos coordenadores da SEMEEC e das apresentações artísticas na comunidade. Agradecemos especialmente ao Prefeito Nicson Marreira e Preto Veloso, pelo apoio total ao evento, ao nosso Secretário de Educação, Esporte e Cultura, Prof. Marcus Lúcio de Sousa, pelo incentivo. Isso mostra a importância com a educação. E somos gratos por acreditarem em nosso trabalho, e principalmente, em cada criança que hoje se torna protagonista de seu futuro, seja na comunidade ou fora dela”, comentou Joelma Castro, diretora da escola municipal rural Santo Isidoro.

Para o professor e coordenador do Projeto Vaga Lume em Tefé, Djaik Nery, a iniciativa oportuniza centenas de crianças, adolescentes, jovens e adultos em toda região da Amazônia Central. Nery relembra ainda como era a biblioteca em meio a floresta amazônica e os desafios que enfrentava para contemplar o público-alvo com a leitura, escrita e oralidade.

“A biblioteca ficava num flutuante, no meio do lago, que é um braço do rio Solimões. Tínhamos que levar as crianças para lá de barco pegando uma a uma em suas comunidades. Era o único lugar onde podíamos fazer as atividades. No início, alguns pais ficaram receosos de deixar os filhos irem. Uma alternativa era levar os livros para a comunidade e deixá-los com as crianças”, destaca o coordenador. A cena é descrita pelo professor de ensino básico Djaik Nery de Souza, de Tefé, Amazonas.


O relato permite vislumbrar um pouco da beleza e dos desafios abraçados por um grupo de educadores e mediadores de leitura que, como Djaik, ajudaram a implantar — e ajudam a manter — 89 bibliotecas comunitárias em 22 cidades da Amazônia legal. Empoderar crianças de comunidades rurais da região a partir da leitura é a proposta da Associação Vaga Lume, organização da sociedade civil (OSC) criada há quase 20 anos, que é referência no tema.

“Por meio da formação de mediadores de leitura e criação de bibliotecas comunitárias para crianças da Amazônia, é possível promover intercâmbios culturais com a leitura, a escrita e a oralidade para ajudar a formar pessoas mais engajadas na transformação de suas realidades. Isso se torna realidade graças ao compromisso e dedicação que o Prefeito Nicson Marreira e Preto Veloso tem como a educação de qualidade”, explica Marcus Lúcio de Souza, Secretário de Educação, Esporte e Cultura de Tefé.
Além da comunidade local, estiveram presentes a Coordenadora Executiva Pedagógica da Zona Rural, Profa. Me. Janete Ploia, o Vereador Daniel Barbosa, professores e alunos. Mais de 200 pessoas prestigiaram a programação.

*Com informações da assessoria