Superintendente do Banco da Amazônia visita Tefé

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O superintendente regional do Banco da Amazônia, Miguel Nuno Seiffert Simões visitou Tefé na quarta-feira (12) onde além de conhecer a agencia local também se reuniu com funcionários e recebeu a visita de autoridades e empresários.

Simões assumiu a superintendência no mês de abril e segundo ele faz parte do planejamento operacional estratégico visitar as agencias, conversar com o corpo de empregados, os empresários e autoridades locais. Disse ser importante conhecer a realidade dos negócios locais para poder realizar o direcionamento correto dos recursos do banco, para que haja o desenvolvimento e geração de emprego na região.

O Banco da Amazônia existe há 73 e anos e o representante da instituição destacou a importância da agencia local: “a agencia de Tefé completou seu primeiro ano, mas já demonstra que tem habilidade; ela está tendo uma gestão profissional com um corpo diretivo de pessoas experientes, funcionários comprometidos com resultados, enfim é uma parceria ganha ganha! a sociedade ganha com a presença da instituição e o banco viabiliza seus negócios nesta praça”. Declarou.

Falando sobre a atuação do banco na região Simões disse que há um entendimento de que é preciso interiorizar o crédito. Fazendo uma análise do mercado, ele destacou o potencial que essa região tem para o crescimento da pecuária, da fruticultura e diversas atividades. Ressaltou que o comércio e o setor de serviços são mais estruturados devido ao fato do município ser um polo para a região, um entreposto de serviços e comércio.

O Banco da Amazônia é o gestor do fundo constitucional do norte e tem a responsabilidade de fazer a aplicação em cada município, e segundo o Banco Central o recurso responde por 80% dos negócios na Amazônia.

O superintendente informou que a agencia do banco em Tefé tem um orçamento de 12 bilhões para este ano com a perspectiva de superar esses valores, mesmo com a forte recessão.

Sobre o Fundo Constitucional do Norte – FNO

O Fundo Constitucional de Financiamento do Norte- FNO tem o objetivo de contribuir para a promoção do desenvolvimento econômico e social da região, através de programas de financiamento aos setores produtivos privados. Os recursos do FNO são administrados pelo Banco da Amazônia, vinculado ao Ministério da Fazenda, responsável por fazer as aplicações através de programas já elaborados, anualmente, previstos pelo Plano Plurianual para a Amazônia- PPA, levando em consideração a realidade ambiental da região. Como instituição de desenvolvimento regional, a Sudam é responsável pela definição das diretrizes e prioridades de aplicação dos recursos do FNO, de acordo com a Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR) e o Plano Regional de Desenvolvimento da Amazônia (PRDA).

ORIGEM E CARACTERÍSTICAS

Os Fundos Constitucionais foram criados pela Constituição Federal de 1988, que estabeleceu em seu artigo 159, inciso I, alínea “c”, a obrigação de a União destinar 3% da arrecadação do IR (Imposto sobre a Renda) e IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para serem aplicados em programas de financiamento aos setores produtivos das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, através de suas instituições financeiras de caráter regional.

A Lei nº 7.827, de 27.09.89, alterada pela Lei nº 9.126, de 10.11.95, regulamentou o referido artigo, que instituiu os Fundos Constitucionais. Assim, para a Região Norte foi criado o Fundo Constitucional de Financiamento do Norte – FNO, tendo como objetivo contribuir para a promoção do desenvolvimento econômico e social da Região, através de programas de financiamento aos setores produtivos privados.

Os recursos do FNO, provenientes de 0,6% da arrecadação do IR e IPI, são administrados pelo Banco da Amazônia, Instituição Financeira Pública Federal, vinculada ao Ministério da Fazenda, que os aplica através de programas elaborados, anualmente, de acordo com a realidade ambiental, social e econômica da Região, em parceria com os representantes das instituições públicas e dos diversos segmentos da sociedade, em consonância com o Plano Plurianual para a Amazônia Legal (PPA) 1996/99 e com as prioridades espaciais e setoriais definidas pelas Unidades Federadas da Região Norte.

PRINCÍPIOS E DIRETRIZES

O FNO é a principal fonte de recursos financeiros estáveis para crédito de fomento, dirigido para atender às atividades produtivas de baixo impacto ambiental, cuja macrodiretriz é o desenvolvimento sustentável da Região Norte.

O Banco da Amazônia, tomando como referencial a Constituição Federal, a Lei 7.827/89 e o PPA-1996/99, observa os seguintes princípios e diretrizes na operacionalização dos programas de financiamento do FNO:

  • concessão de financiamentos, exclusivamente, aos setores produtivos privados da Região;
  • apoio à criação de novos centros, atividades e pólos dinâmicos, notadamente em áreas interioranas, que estimulem a redução das disparidades intra-regionais de renda;
  • tratamento preferencial às atividades produtivas de mini/pequenos produtores rurais e micro/pequenas empresas;
  • prioridade para produção de alimentos básicos destinados ao consumo da população, bem como aos projetos de irrigação, quando pertencentes a produtores rurais, suas associações e cooperativas;
  • uso intensivo de matérias-primas e mão-de-obra locais;
  • uso de tecnologia compatível com a preservação do meio ambiente;
  • uso criterioso dos recursos e adequada política de garantias, com limitação das responsabilidades de crédito por cliente e grupo econômico, de forma a atender a um universo maior de beneficiários e assegurar racionalidade, eficiência, eficácia e retorno às aplicações;
  • uso criterioso dos recursos e adequada política de garantias, com limitação das responsabilidades de crédito por cliente e grupo econômico, de forma a atender a um universo maior de beneficiários e assegurar racionalidade, eficiência, eficácia e retorno às aplicações;
  • conjugação de crédito com a assistência técnica, no caso de setores tecnologicamente carentes;
  • proibição de aplicação de recursos a fundo perdido; e
  • ação integrada com instituições federais, estaduais, municipais e outras representativas dos setores produtivos, sediadas na Região, objetivando o fortalecimento das parcerias, necessárias à correta aplicação do crédito.

BENEFICIÁRIOS

São beneficiários dos recursos do FNO: os produtores rurais (pessoas físicas e jurídicas de direito privado e de capital nacional); as empresas, inclusive firmas individuais, de direito privado e de capital nacional e estrangeiro (no caso de empresa estrangeira devem ser obedecidas as seguintes condições: para ampliação e modernização, ou seja, após o início das operações, e somente para as atividades consideradas de alto interesse nacional); as associações e cooperativas, legalmente constituídas e em atividade há mais de 180 dias, de direito privado e de capital efetivamente nacional, com, no mínimo, vinte associados.

AREA DE ATUAÇÃO

A área de atuação do FNO abrange toda a Região Norte, compreendendo os Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Essa área corresponde a 45% do território nacional, atingindo 449 municípios que compõem a base político-institucional da Região, que é de 3.869.637,90 Km2, com uma população de 11.604.158 habitantes.

Fotos: Fábio de Oliveira