Lanchas rápidas com giroflex e homens vestindo uniformes da Marinha ou das policias Civil e Militar tem sido a nova estratégia usada pelos assaltantes que atacam as balsas que transportam combustíveis pelos rios do Amazonas e já provocaram um prejuízo de R$ 40 milhões, nos últimos dois anos nas empresas que atuam nesse segmento no estado.
Conhecidos como piratas, os bandidos abordam as embarcações e passam de dois a três dias navegando dentro das balsas ameaçando e agindo com truculência contra os tripulantes, inclusive com registros de mortes.
Os ataques são mais frequentes no Rio Amazonas, entre Itacoatiara (170 km de Manaus) e Parintins (350 km), na localidade do Paraná do Mucambo, ou em alguns trechos do Rio Madeira.
A situação começa a ameaçar municípios do interior amazonense, ligados por via fluvial, de desabastecimento, além de estados vizinhos como Acre, Rondônia e o Pará, que dependem desse modal.
Tripulantes das balsas, também começam a se recusar a embarcar com medo dos ataques e as empresas seguradoras estão se negando a fazer seguro de cargas no Amazonas.
“Vamos conversar com o governador Wilson Lima, para colocar três bases nos locais mais perigosos. Até chegar a próxima cidade para fazer um boletim de ocorrência leva dois dias”, disse o presidente do Sindicato das Empresas de Navegação (Sindarma), Galdino Alencar, que já esteve reunido com a Secretaria de Segurança do Amazonas.
Com lanchas rápidas, giroflex ligados e adesivos da Polícia ou da Marinha, os piratas obrigam o comandante do empurrador a reduzir a velocidade e fazem a abordagem.
Em novembro do ano passado, militares da Marinha em uma lancha do navio da Flotilha do Amazonas Rondônia, que fazia o patrulhamento na região de assaltos, foram confundidos com piratas e foram recebidos a tiros pela tripulação de uma balsa. No confronto, um militar morreu e três pessoas ficaram feridas.
*Com informações do Portal Vc.com