Azul e Governo anunciam acordo e novos voos no Estado a partir do segundo semestre

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O Governo do Amazonas, por meio da Resolução 006/2021, aprovada pelo Conselho de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Codam), órgão da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), firmou acordo com a empresa Azul, para o biênio 2021/2022, que prevê a manutenção de voos e a possibilidade de criação de novas rotas para o Amazonas.

Dentre outros dispositivos, a Resolução delega ao Governo do Estado a renovação da concessão do benefício de redução da carga tributária, do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), sobre o combustível de aviação.

Como parte do acordo, a empresa Azul tem como uma de suas responsabilidades, “manter suas atuais operações no Estado do Amazonas com atuação nas cidades de Manaus, Tefé e Tabatinga; conectar Manaus em voos diretos aos municípios de Santarém (PA), Belém (PA), Recife (PE), Boa Vista (RR), Porto Velho (RO) e Viracopos (SP).”

O titular da Sedecti, Jório Veiga, destaca que o novo acordo vem em um momento crucial para o Amazonas, principalmente para o interior onde o modal aéreo é o mais viável.

“O Amazonas é o Estado mais carente em relação a transporte aéreo e o que mais necessita, dadas as dimensões continentais. Esperamos com esse acordo, possibilitar mais opções para o transporte dos amazonenses e garantir mais acesso aos usuários, além, é claro, de impulsionar o segmento do turismo na nossa região que foi bastante afetado pela pandemia da Covid-19”, enfatizou Jório Veiga.

Além disso, no Plano de Negócio aprovado em Resolução, a empresa Azul propõe a criação de novos voos no Estado do Amazonas, conforme aponta o trecho do documento: “Estaremos avaliando possibilidades de expansão para mais aeroportos da Amazônia, como Parintins, São Gabriel da Cachoeira, Coari, Maués, Eirunepé, Lábrea, Barcelos, Apuí e outros.”

Turismo

Na avaliação do presidente da Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur), Sérgio Litaiff Filho, esta parceria histórica com o Governo do Estado e a empresa aérea Azul vai permitir a conexão de calhas dos Rios Madeira e Alto Rio Negro, que já constam no Mapa do Turismo brasileiro como regiões turísticas a serem trabalhadas, prioritariamente, pelo Ministério do Turismo.

“Nessa retomada das atividades econômicas no Estado do Amazonas, o turismo tem um papel importantíssimo e a acessibilidade através de malha aérea precede a tudo isso. Quando ganhamos a inclusão de novos voos para municípios do Estado, facilitamos a oportunidade de visitação de destinos turísticos já consolidados, a exemplo de Parintins e Barcelos, até outros potenciais produtos em desenvolvimento, como a cidade de Maués”, ressaltou.

Azul

Maior companhia aérea do país em número de cidades atendidas, a Azul promete que o Amazonas terá frequências de operação com todos os aviões da frota da empresa. O plano de expansão regional prevê incremento de assentos em Parintins, reativação de Coari, Lábrea e Maués e novos voos em São Gabriel da Cachoeira, Barcelos, Apuí e Eirunepé.

A empresa considera o acordo como o maior plano de expansão regional da história da aviação brasileira no Amazonas. E destaca que, com a parceria com o Governo do Amazonas, planeja adicionar à sua malha aérea oito novos destinos no Amazonas ainda no segundo semestre de 2021.

São Gabriel da Cachoeira, cidade que a Azul havia anunciado interesse em operar, já tem data para receber, pela primeira vez, uma aeronave da companhia. Os voos com destino a Manaus serão cumpridos três vezes por semana com as aeronaves brasileiras da Embraer, que comportam 118 clientes, a partir do dia 3 de agosto de 2021.

Será a primeira vez na história que a cidade terá voos comercias a jato, reduzindo o tempo de viagem para Manaus e ampliando a oferta de assentos. As vendas para o novo destino da companhia começam nesta quinta-feira (09/06), assim como a comercialização de passagens aéreas para Parintins, que já conta com operação da Azul Conecta, e passará a ter operações com os aviões da Embraer a partir do dia 2 de agosto de 2021.

Coari, Lábrea e Maués, outros destinos atendidos pela Azul Conecta, empresa sub-regional da Azul, também terão suas operações reestabelecidas com Manaus em outubro; e a expectativa da empresa é oferecer melhores opções de horários e conectividade para esses voos.

As novas operações para Barcelos, Apuí e Eirunepé acontecerão conforme ajustes na infraestrutura aeroportuária desses municípios. Adicionalmente às cidades acordadas, a Azul vê a possibilidade de ir além e chegar a Itacoatiara, Humaitá, Borba e Novo Aripuanã, futuramente, conforme ajuste da infraestrutura.

Com os novos destinos e a reativação de cidades, a Azul terá no Amazonas uma operação utilizando todos os tipos de aeronaves da frota, de nove a até 300 assentos, operando cerca de 27 voos diários a partir de Manaus e atendendo 20 destinos diretos desde a capital amazonense.

O presidente da Azul, John Rodgerson, ressalta a importância da parceria com o Governo do Amazonas; e o bom momento para clientes e para os negócios na região.

“Nosso acordo com o Governo do Amazonas e o apoio da administração federal permitirão que, pela primeira vez em sua história mais recente, o Amazonas tenha uma grande quantidade de cidades servidas por uma companhia aérea de expressão nacional e internacional, provendo a conectividade de clientes e negócios com os mais altos padrões de segurança e qualidade operacional”, avalia.

Rodgerson enfatiza ainda a quantidade de voos a serem operados na região, o que irá conectar toda a região amazônica.

“Vamos utilizar todos os aviões de nossa frota, operar em mais de 20 destinos a partir de Manaus e conectar toda a Amazônia pelo modal aéreo, um feito histórico para a aviação brasileira e para a região Norte de nosso país, que, em função de sua geografia, é tão necessitada de soluções logísticas mais eficientes. Estamos felizes em ser a maior companhia aérea do Brasil em número de destinos atendidos no país e vamos fazer valer também essa marca para o Amazonas e região”, destaca o presidente da Azul.