Nesta quarta-feira (7), encerraram-se as negociações entre o Estado e os profissionais da educação, com a confirmação do governador José Melo de reajustar em 5,67% retroativos a março os vencimentos da categoria, usando como base o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), além dos 4,33% que devem ser acrescidos ao salário a partir de janeiro de 2015, vale-alimentação, vale-transporte e hora de trabalho pedagógica (HTP) aos professores em regime temporário.
Conforme acertado entre as partes, esses três últimos auxílios benefícios serão incorporados aos ganhos dos trabalhadores da educação já a partir deste mês. A conquista dessa série de benefícios que deverá chegar aos 27 mil trabalhadores da Secretaria de Educação (Seduc), da capital e do interior do Estado, segundo o governador, vai representar um impacto na folha de pagamento do Estado da ordem de R$ 86 milhões.
Na coletiva, Melo explicou que o objetivo macro da educação no Estado é sempre a busca pela qualidade na atenção aos estudantes, entrega de ambientes novos, oferta de livros didáticos, merenda escolar, investimentos em tecnologia, planos de carreira aos ativos e promoções. Ele afirmou que as conquistas desses benefícios fazem parte de um entendimento com os professores, após perceberem que seria impraticável o aumento esperado para este ano por conta de impeditivos presentes na legislação eleitoral e na Lei de Responsabilidade Fiscal.
“Eu estou governador, mas sou professor de carreira. É da minha natureza o diálogo. A educação vem avançando em todos os patamares e quero dar continuidade nesse clima gostoso de crescimento. Assim se dão as conquistas e avanços que a lei e os recursos do Estado permitem. Vamos estudar também um jeito de incorporar o vale-transporte e o vale-alimentação nos benefícios das outras categorias, o que nos garante uma tranquilidade muito forte para dar sequência aos avanços profissionais. Ainda hoje, a mensagem desse reajuste salarial deve chegar à Assembleia Legislativa do Amazonas para ser votada e aprovada”, garantiu Melo.
Para o presidente do Sindicato do Trabalhadores na Educação do Amazonas (Sinteam), Marcus Libório, os resultados das negociações resultaram positivos e ficaram dentro da expectativa da classe. “Tivemos uma discussão muito boa com o governador onde ele atendeu aos nossos pleitos. Esse foi um bom exemplo de democracia e respeito pela classe laboral”, completou.