Manejo Comunitário do Pirarucu: Bases para Inovação e Desenvolvimento Socioeconômico

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Em 2021, foi aprovado um projeto fruto da parceria entre as instituições Instituto Federal do Amazonas (IFAM)- Campus Coari e a Universidade Federal do Amazonas (UFAM), financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM).

O trabalho consiste em estudar o arranjo produtivo local do manejo comunitário do Pirarucu. Manejo é quando os comunitários se organizam e estabelecem regras para o uso sustentável do recurso.

No projeto, é previsto o levantamento socioeconômico das famílias envolvidas no processo; a formação técnica dos manejadores; cursos que estão ligados diretamente ao funcionamento do manejo.

A princípio, na atividade de manejo, acontece a seleção dos lagos, onde estes são categorizados de acordo com suas características ambientais e a finalidade deles junto a área de manejo. Dessa forma, o ele é dividido em várias etapas:

– Lagos de preservação que são destinados à reprodução do Pirarucu.

– Lagos de subsistência o qual são destinados à pesca para a alimentação da comunidade.

– Lagos de manejo onde são realizados o manuseio. Nesse espaço, no período de seca, os pescadores passam por uma capacitação e conseguem contar a quantidade de Pirarucu naquele ambiente. Mediante a essa contagem, é feito um relatório que é enviado aos órgãos ambientais do Amazonas e o Ministério do Meio Ambiente (IBAMA) para se estabelecer a cota de captura. A cota é justamente a quantidade de Pirarucu que pode ser capturada mediante a autorização dos órgãos ambientais.

No ano de 2022, no rio Copeá, Comunidade Indígina São José da Fortaleza, do Povo Apurinã Associação dos Moradores Indígina e não Indígina, foi liberada uma cota de 1.300 peixes que serão comercializados para os frigoríficos com um preço de 7,50, aproximadamente. Trazendo renda e benefícios à comunidade.

*Com informações da TV Coari