O governador Omar Aziz declarou na manhã desta terça-feira, dia 25 de março, que renunciará no dia 4 de abril próximo para se candidatar à vaga de senador pelo Amazonas nas próximas Eleições de outubro. O anúncio foi feito durante a solenidade de inauguração da expansão do Hospital Francisca Mendes, na Cidade Nova, zona norte de Manaus.
“Saio dia 4 e passo a faixa ao meu vice-governador José Melo. A minha etapa de quatro anos no Governo foi cumprida, o processo político mostra que eu tenho que trabalhar ainda muito mais pelo Estado do Amazonas e só posso trabalhar com mandato. Sem mandato, ficaria difícil ajudar ao povo amazonense. Espero que, com o acúmulo de experiência que tive como governador, eu possa estar contribuindo no Senado Federal”, afirmou.
Omar Aziz disse que sai do Governo com a certeza de dever cumprido, uma vez que todos os seus compromissos de campanha foram ou estão sendo viabilizados. “A gente procura plantar para colher e, no meu ponto de vista, educação, saúde e segurança são três atividades fins muito importantes para a população. Nisso, eu me esforcei e consegui ajudar as pessoas. Por isso, posso dormir com a consciência tranquila”.
Ele observa que no pouco espaço de tempo que teve para governar conseguiu cumprir suas metas. “Vou sentir muita saudade, porque não tem nada mais especial do que governar um Estado. É a vida. Vai deixar saudade, mas eu acho que a minha etapa eu cumpri. Em apenas quatro anos nosso governo realizou muito, principalmente para ajudar as pessoas que precisavam”, comentou.
O governador afirma que, além das inúmeras realizações que, segundo ele, serão apresentadas na sua prestação de contas à sociedade, vai deixar uma grande quantidade de obras para o seu sucessor concluir e inaugurar até o final do ano. “Eu estou deixando o Estado numa condição bastante boa para que ele (José Melo) possa continuar. Vou prestar contas de tudo isso para a população e para a imprensa e agradecer muito a Deus por ter me dado essa oportunidade de ter governado este Estado”.
Antes de deixar o cargo, o governador ainda tem uma agenda de inaugurações de obras a cumprir até a semana que vem. Nesta quarta-feira (26), ele vai a Coari, onde lança o programa Ronda no Bairro. Na sexta-feira (28), inaugura, no quilômetro 54 da rodovia AM-010, em Rio Preto da Eva, o Centro de Reabilitação de Dependentes Químicos e, no sábado (29), inaugura o Hospital de Humaitá e obras em Tapauá, com a agenda prosseguindo semana que vem.
“A obra mais importante de todas que vamos inaugurar nestes dias é a clínica de reabilitação para dependentes químicos, resultado do apelo de milhares de mães do nosso Estado para que a gente pudesse cuidar de seus filhos. Vamos dar oportunidades para que pessoas que estão com problema sério de envolvimento com drogas sejam tratadas. Isso mostra claramente que nós temos cuidado de enfrentar o problema”, observou o governador, ao destacar também sua decisão de eleger a área de segurança como prioritária em seu governo. “Dizer que está tudo bem, ainda não dá. Ainda tem muito mais o que se fazer, mas imagine Manaus, hoje, sem o Ronda no Bairro, sem as novas viaturas, sem a ampliação do efetivo e das delegacias que praticamente dobraram em quatro anos. Essas são as grandes obras que a gente deixa de legado para a cidade de Manaus e o Estado do Amazonas”.
Sobre o processo político e as composições para as Eleições, ele disse que vão depender da conjuntura política. “Isso aí não sou eu quem vai dizer. Será a própria conjuntura política. Não tem como falar isso agora. São etapas. A primeira etapa é sair do Governo. Saindo do Governo, eu vou me ausentar um pouco, deixar o Melo governar. Ele é quem vai ser o governador e tocar o Estado. Não vai ter nenhuma ingerência e nem a minha presença física. Talvez, se precisar de algum conselho, eu estarei à disposição. Mas a pessoa, quando assume o governo, é governador cem por cento”.
Sobre a articulação para a votação, em segundo turno, na Câmara Federal, da Proposta de Emenda a Constituição (PEC) que prorroga por mais 50 anos os incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus, e, depois, no Senado, ele disse que ouviu do presidente da Câmara, deputado federal Henrique Alves, que deverá voltar à pauta depois da Semana Santa. Omar Aziz disse que falou com Alves na última sexta-feira. “Mas, no Congresso, você diz uma coisa hoje e amanhã pode não acontecer. Se nós não tivéssemos ido a Brasília na segunda-feira, tenha certeza que não teria sido votada no primeiro turno.
Omar Aziz disse acreditar que a votação em segundo turno será mais fácil. “Agora, resolvendo a questão da Lei de Informática e as Áreas de Livre Comércio, que também não é difícil, será votado naturalmente com apoio das lideranças. Também não vejo dificuldade para ser votada no Senado”. Na opinião do governador, a aprovação pela maioria absoluta na votação em primeiro turno é a prova de que não há mais resistência no Congresso à prorrogação.
“O mais importante é que acabou aquela briga do Sul contra o Norte. Houve uma votação expressiva e não vi ninguém ir para a tribuna dizer que era contra a Zona Franca”, afirmou Omar, ao dizer que a vitória é fruto da mobilização de todos que atuaram em Brasília convencendo lideranças políticas a votar e a apoiar a prorrogação. “Ninguém é pai da criança, ninguém é herói. Todos fizeram sua obrigação. O povo nos elegeu para isso, para lutar pelos direitos do Estado do Amazonas, pelo desenvolvimento econômico e para lutar pelo Polo Industrial de Manaus”.
FOTO – ALEX PAZUELLO / AGECOM