Atividade de campo é promovida durante curso de manejo florestal

A atividade de campo também foi conduziada pelo manejador da Reserva Mamirauá, Paulo da Silva (na imagem, à esquerda).

O Programa de Manejo Florestal Comunitário do Instituto Mamirauá promoveu, entre os dias 22 e 27 de outubro, em Tefé (AM), o 1º Curso de Multiplicadores de Manejo Florestal em Áreas de Várzea. Foram selecionados 12 participantes das mais diversas regiões da Amazônia. “Nós selecionamos pessoas que pudessem se tornar multiplicadores em manejo florestal comunitário em áreas protegidas da Amazônia”, disse Elenice Assis, coordenadora do Programa de Manejo Florestal Comunitário.

            Do primeiro ao terceiro dia, os participantes acompanharam as apresentações dos pesquisadores e técnicos do Instituto Mamirauá. A pesquisadora Auristela Conserva, do Grupo de Pesquisa em Ecologia Florestal, abordou a formação e as características do ambiente de várzea e o “Uso do Recurso Florestal na região: Histórico do uso do recurso florestal na região” que foi apresentado pela socióloga Marluce Mendonça, pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Organização Social e Manejo Participativo.

            As aptidões das comunidades para o manejo florestal foram discutidas por Elenice Assis que reforçou: “a caracterização da comunidade é uma atividade que deve acontecer antes de iniciar qualquer atividade de manejo florestal. Essa caracterização pode evitar que a equipe técnica inicie um trabalho numa comunidade sem que ela tenha o perfil adequado e que possivelmente desistirá frente às primeiras dificuldades que encontrarem”.

            O quarto e o quinto dia de atividades foram em campo. Os cursistas viajaram quatro horas de barco para chegarem ao Setor Ingá, da Reserva Mamirauá, e acompanharam a atividade prática, que é a primeira etapa do manejo florestal: o levantamento de estoque. “Se o levantamento de estoque não for bem feito, haverá problemas na comercialização”, disse Humberto Batalha, técnico do Programa de Manejo Florestal Comunitário do Instituto Mamirauá.

            Em uma área de mata fechada, trilhas foram identificadas e uma linha base criada. Os participantes usaram bússola e fizeram balisamento, inventário (identificação das espécies), e marcaram as árvores inventariadas. Segundo Cláudia da Silva, uma das participantes do curso, seu objetivo foi o de aprender sobre o manejo florestal comunitário de acordo com a legislação vigente da área. “A experiência do Instituto Mamirauá certamente será utilizada na instituição onde eu atuo”, afirmou Cláudia. A programação encerrou no sábado, dia 27, com a avaliação final, na sede do Instituto Mamirauá, em Tefé (AM).

 Fonte: Ascom Mamirauá

Foto: Eunice Venturi