Nos dias que correm, as redes sociais são usadas pela esmagadora maioria da população mundial nos mais diversos campos. De facto, certas aplicações ou websites fazem já parte do dia-a-dia da população, e seriam consideradas cruciais por alguns. Posto isto, faz apenas sentido que empresas, companhias, e até mesmo partidos políticos percam tempo a investir nas redes sociais de forma a cobrir uma maior taxa de possíveis clientes, ou de eleitores, expostos às suas campanhas publicitárias.
Um dos campos em que são utilizadas são os assuntos políticos. Um dos casos mais recentes e mais falados é a campanha presidencial do Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump. Ainda que seja alvo de imensa controvérsia, é sem sombra de dúvida efectiva no que toca a prender a atenção do público. Outro exemplo de redes sociais a serem usadas na política foram as eleições gerais do Reino Unido em 2017, quando em 2016 uma sondagem revelou que cerca de 23% da população afirmou perceber melhor as campanhas dos candidatos quando publicitadas em redes sociais, não só isto, mas 26% da população afirmou também que seria mais provável votarem num candidato que fosse mais ativo nas mesmas. Esta sondagem levou o Partido Trabalhista a mudar a sua abordagem e a investir nas redes sociais. Um terceiro exemplo do impacto que as redes sociais têm em campanhas eleitorais ocorreu em 2017, desta vez com Leo Varadkar recorrendo a vídeos e ashtags e conseguindo ultimamente ser eleito para três postos de grande importância na Irlanda, sendo que um destes postos foi o de Ministro da Defesa. Adicionalmente a estes três casos, recementemente a rede social Facebook viu-se envolvida num escândalo de proporções desmedidas quando a empresa Cambridge Analytica, baseada no Reino Unido, roubou informações confidenciais de cerca de 70 milhões de utilizadores com contas neste website de forma a espalhar propaganda eleitoral personalizada aos usuários.
Posto isto, é claro que há vantagens e desvantagens no que toca ao uso das redes sociais em assuntos de foro político. Uma das maiores vantagens é que se pode começar a campanha antes da data estipulada pela lei, fornecendo uma vantagem sob os oponentes; é uma forma low budget de passar palavra sobre a campanha; alcança um número maior de eleitores mais rápido; e feedback instantâneo, dando oportunidade de mudar a abordagem.
No futuro, é expectável que as redes sociais continuem a crescer no universo político fazendo com que coisas como posters caiam em desuso; que candidatos dêem extenso uso a vídeos, livestreams, e até mesmo aplicações de mensagens como o Whatsapp e o Messenger, que geram mensagens privadas com os eleitores: chatbots. Não só isto, mas é também previsto que candidatos levem a cabo extensivas análises de dados uma vez que conseguem identificar onde se encontram os seus possíveis apoiantes, e que tipo de propaganda é que gostam e desgostam.
As redes sociais continuam a expandir em todos os campos possíveis e imagináveis, e o mundo político não é exceção. Passo a passo, é certo que no futuro a maioria dos atos de propaganda de campanhas eleitorais se deem online, onde o público alvo já passa a maioria do seu tempo.
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