“Educação ambiental é um projeto de longo prazo, para trabalhar durante a nossa vida”, disse o professor da Universidade do Estado do Amazonas, Dr. Augusto Fachín Terán. A afirmação foi feita esta manhã (9), em Manaus, durante o evento “Diálogos em Educação Ambiental Comunitária” promovido pelo Instituto Mamirauá. A discussão ocorreu na primeira roda de conversa “O Instituto Mamirauá em contexto e a educação ambiental como mudança de paradigma”.
Segundo Marluce Mendonça, coordenadora do Programa de Gestão Comunitária do Instituto Mamirauá, a ideia é proporcionar uma troca de experiências, por isso o nome “Diálogos” e acrescentou: “Para cada diálogo mostrar um pouco das lições aprendidas, pois de toda a experiência que a gente desenvolve a gente aprende muito”.
A primeira etapa do dia apresentou a trajetória da educação ambiental ao longo dos últimos 27 anos, que iniciou antes mesmo da criação do Instituto Mamirauá. De acordo com os organizadores, essa história foi sendo escrita de acordo com a história da própria instituição e dividida em três períodos. De 1992 a 1996, com foco na sensibilização e envolvimento da população residente na proposta de conservação, através das ações de mobilização para atendimento de demandas sociais e organização social. De 1997 a 2000, tendo como foco na diminuição da pobreza, e a partir de 1999, quando houve a criação do Instituto Mamirauá e desenvolvimento de pesquisas aplicadas para subsidiar ações de manejo.
Em seguida, a educadora ambiental Claudia Santos detalhou a linha do tempo com atuação na conservação e manejo participativo de recursos naturais com comunidades ribeirinhas e populações do Médio Solimões. Claudia apresentou os principais fatos, ano a ano, e mostrou a etapa mais recente, de 2013 para cá, quando vem sendo desenvolvido uma série de materiais didáticos voltados para a realidade das escolas rurais. Parte desses materiais em exposição no Café Teatro.
O evento “Diálogos em Educação Ambiental Comunitária” segue até quarta-feira, dia 11 de outubro, no Les Artistes Café Literário, na av. 7 de setembro, 827 (ao lado do Basa). Além do encontro, também estão em exposição jogos interativos, publicações e metodologias educativas. A entrada é gratuita e o horário de funcionamento das 9h às 12h e das 14h às 17h. “Diálogos em Educação Ambiental Comunitária” é uma realização do Instituto Mamirauá e conta com financiamento do Fundo Amazônia, gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES). Para mais informações sobre o evento, acesse http://www.mamiraua.org.br/dialogos
Confira a programação do evento:
09 de outubro (segunda-feira)
15h-16h45 – Sensibilização, mobilização e envolvimento comunitário: é daí que tudo começa
Entenda como a participação comunitária é essencial no andamento de projetos socioambientais. Como sensibilizar, mobilizar e envolver é a proposta dessa roda de conversa.
10 de outubro (terça-feira)
10h-11h45 – Ferramentas de diagnóstico e de mediação de conflitos como aliadas da prática
Quais ferramentas participativas auxiliam o trabalho de educação ambiental? Apresentar algumas propostas é a intenção dessa roda de conversa. Diagnóstico rural participativo, mapeamento participativo, mediação de conflitos, entre outros, estarão neste momento prático com o público.
15h- 16h45 – O manejo da floresta e das águas: contribuições da educação ambiental
Expor diferentes projetos de manejo participativo dos recursos naturais em que a educação ambiental foi utilizada como mediadora destas iniciativas.
11 de outubro (quarta-feira)
10h-11h45 – Educação ambiental em escolas rurais ribeirinhas: qual é o cenário?
É no espaço formal da escola que a educação ambiental é reivindicada. Mas antes é preciso pensar como é e como está o quadro das escolas rurais ribeirinhas. Os desafios e dificuldades encontrados neste cenário para a garantia da educação como direito humano. Para isto, professores rurais vêm levantar e debater esta questão.
15h -16h45 – Perspectivas para a educação ambiental comunitária, porém crítica
Teorias e reflexões que estão no debate da educação ambiental (comunitária). Quais caminhos seguir para ter uma prática crítica diante da conjuntura? É a proposta de fechamento deste conjunto de diálogos com a ideia de levantar com o público perspectivas na atuação do/da educador/a ambiental.
Com informações da assessoria/Foto: Divulgação