Um dia após operação que prendeu o prefeito e vereadores de Tapauá, a 450 km de Manaus, a PM precisou enviar reforços para conter uma rebelião na delegacia do município, nesta quarta-feira (29). Na ocasião, um guarda municipal foi feito refém. Eles pedem a presença de Direitos Humanos e da imprensa. Eles alegam uma superlotação na delegacia.
De acordo com o delegado geral de Polícia Civil, Mariolino Brito, os presos que são alocados na delegacia do município iniciaram uma rebelião. Um guarda municipal que estava no local para entregar comida aos presos foi feito refém.
“Os presos da delegacia iniciaram um tumulto. Um contingente é encaminhado para o município para controlar a situação. A comunicação com quem está lá é meio complicada e ainda aguardamos mais informações sobre a situação”, disse o delegado geral.
De acordo com o tenente Laurênio, da 4ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) do município de Lábrea, que acompanha o caso, os presos reivindicam melhorias na delegacia e pedem presença de Direitos Humanos e imprensa.
“Eles pedem melhor alimentação, dizem que há muitos presos para o pouco espaço que a delegacia tem. São muitos presos. A delegacia deve comportar umas oito pessoas e parece que há mais de 20. Vamos aguardar o desenrolar da situação”, afirmou o tenente.
Até as 14h desta quarta-feira, a rebelião ainda ocorria no local e o guarda permanecia refém. Não há informações sobre feridos.
Reforço policial
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), um reforço de efetivo de policiais militares foi enviado ao município por volta das 14h. Eles devem atuar no controle do conflito registrado na delegacia da cidade, onde presos estão amotinados.
“O efetivo local da Polícia Militar trabalha, neste momento, em negociações para encerrar o conflito. Seguem para Tapauá policiais do batalhão de choque e da Companhia de Operações Especiais (COI), especializada na resolução de conflitos. A delegacia de Tapauá possui 27 presos. Até o momento não há informações sobre o que motivou o motim e quantos detentos estão envolvidos”, informou a SSP-AM.
Fonte: G1