A 14ª Feira de Pirarucu Manejado Mamirauá e Produtos da Agricultura Familiar” está movimentando Tefé novamente! Desta vez, os pescadores do Acordo de Pesca Jurupari/Apara trazem 110 peixes a serem vendidos aos moradores da cidade e turistas no Mirante das Mangueiras. O evento vai unir a tradição do pirarucu manejado à agricultura familiar dos produtores das estradas da EMADE, Agrovila e FLONA Tefé, nos dias 24 e 25 de novembro (sábado e domingo), das 6h às 12h. O mirante recebe também a Feira de Troca de Sementes e Mudas Nativas, que estimula a interação entre produtores.
Quem comparecer à feira poderá escolher entre diversos cortes de peixe: além do filé e da ventrecha, a carcaça e as vísceras também serão oferecidas – ambas muito apreciadas pela população local em pratos como o cozido, com banana, macaxeira e cará. Haverá, ainda, profissionais responsáveis pelo acondicionamento do peixe em salmoura.
À noite, o mirante recebe a Mostra Gastronômica, com comes e bebes, artesanato e atrações musicais locais. A população terá a possibilidade de conhecer uma diversidade de pratos feitos com pirarucu. Destaque da última edição da feira, a mostra trará novamente a Cozinha Show, onde um Chef de renome local apresentará o preparo de pratos ‘gourmet’ a base de pirarucu. Os primeiros 20 consumidores que chegarem na feira vão receber o livro “O Gigante Amazônico: manejo sustentável de pirarucu”, recém lançado pelo Instituto Mamirauá, com apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e Fundação Moore.
Por que comprar o pirarucu legal?
O projeto tem o diferencial de trabalhar com a venda direta do manejador ao consumidor, o que permite um preço justo para os dois. O atendimento será feito utilizando como suporte as balanças digitais. Uma tabela será fixada, mostrando o preço de cada corte por quilo.
“A gente trabalha o conceito de comércio justo, economia solidária. O consumidor está vendo o quanto de peixe está levando e o quanto ele está pagando por esse peixe”, conta Ana Cláudia Gonçalves Torres, Coordenadora do Programa de Manejo de Pesca do Instituto Mamirauá.
Os compradores receberão os peixes com toda a documentação legal. A equipe técnica do instituto, que presta assessoria aos manejadores, estará emitindo recibos assinados por um representante do grupo de manejo, acompanhado pelas guias de comercialização e de transporte. Tudo isso será entregue ao consumidor, que poderá transportar o peixe livremente, inclusive para outros estados.
“A gente vem trabalhando com os produtores a possibilidade de acessar os mercados locais. Temos feito uma campanha para que os consumidores comprem só o produto legalizado. Então é importante que os grupos não deixem de atender o mercado local”, explica Ana Cláudia.
Os pescadores são integrantes do Acordo de Pesca Jurupari/Apara, que envolve moradores das comunidades Tapiira, Jurupari, Novo São Raimundo e Promessa, e pescadores da Associação e Sindicato de Pescadores de Alvarães.
Foto: Amanda Lelis