As viagens nos povoados indígenas, comunidades e localidades, produzem uma mobilização social pela educação, geram encontros e constroem um novo olhar sobre si mesmos e sobre a diversidade de práticas pedagógicas existentes. Além disso, os encontros proporcionam aos professores e pedagogos orientações assertivas sobre as atividades desenvolvidas nas escolas públicas municipais de Tefé.
Na madrugada do último sábado, 15/07, os coordenadores pedagógicos sob o comando da Profa. Me. Janete Batalha Ploia, partiram rumo as escolas municipais rurais localizadas nas calhas dos Rios Tefé e Curumitá, no Amazonas.
Ao longo deste ano, a equipe pedagógica da Secretaria Municipal de Educação, Esporte e Cultura (SEMEEC), promoverão duas expedições a zona rural do Município tefeense. As viagens são aprovadas e incentivadas pela gestão municipal, na administração do Prefeito Nicson Marreira e Preto Veloso, com apoio especial do Secretário de Educação, Esporte e Cultura de Tefé, Prof. Marcus Lúcio de Sousa.
“Todos os anos temos a oportunidade de visualizar, monitorar a situação de perto de nossas escolas através dessas viagens pedagógicas que são realizadas com o incentivo do Prefeito Nicson Marreira. Nossa gestão tem a atenção especial ao interior, pois reconhecemos os inúmeros desafios que os nossos professores têm para levar educação, e educação de qualidade a nossa clientela de comunidades ribeirinhas e indígenas de Tefé”, explica Marcus Lúcio de Sousa, Secretário da SEMEEC.
Além das visitas instrutivas, os profissionais capacitam os professores e pedagogos durante os encontros nas escolas.
“Nós vamos in loco nas escolas observar e orientar os profissionais das áreas técnicas, administrativas e pedagógicas. Por isso, realizamos duas viagens ao ano. A primeira viagem serve para instruir, formar e capacitar. E a segunda, diagnosticarmos os problemas e propomos aos profissionais alternativas metodológicas para melhorar a qualidade do ensino e das atividades técnicas e administrativas”, pontua Janete Batalha Ploia, Coordenadora Executiva Pedagógica da Zona Rural.
Além de Janete Ploia, a comitiva da primeira viagem contou com a participação de uma equipe formada pelos professores: Ingride Gomes (Língua Portuguesa, Inglesa e Artes), Silvia Vieira (Matemática e Área Administrativa Escolar), Elane Araújo (História, Geografia e Ens. Religioso), Núbia Primo (Educação Infantil e AEE), Nonata Souza (Ciências, PPP e Educar para a Vida: Saber e Fazer), Gerlane Gonçalves e Marioney Vale (Educação do Campo, das Águas e Floresta).
Ao longo da primeira etapa da viagem, a embarcação também transportou os professores e diretores, além de cota da alimentação escolar, para suas respectivas escolas. As visitas ocorreram durante o retorno da viagem, conforme itinerário que pode ser observado abaixo:
VISITAS NAS ESCOLAS
COMUNIDADE ESCOLA MUN. RURAL DIRETOR(A) DATA
Vila Moura Tereza Sores Luís Fernando Gressler 16/07
São Francisco do Abil São Francisco Maria Luziene 17/07
Boa Vista São Raimundo Cícero do Nascimento
São Francisco do Itaúba Haroldo Guimarães Cláudia Regina da Silva 18/07
Cacautuba Cosme e Damião Vilciele da Silva
Ponta da Sorva Dom Pedro I Wangleys Vasconcelos
Deus é Pai Rei Davi José Roberto da Silva 19/07
Aranatuba Nossa Sra. Aparecida Ronilso Araújo
São Raimundo do Sapiá Coração de Mãe Arilson Cruz 20/07
Bela Vista do Sapiá Raimundo Guerreiro Marilene Silva
Preciosa Nossa Sra. Aparecida Elcy Rodrigues 21/07
Lago Pente 2 São Tomé Marcia Leocádio
Barreirinha Branca Barreirinha Branca Maria de Jesus da Silva
Morada Nova São Tomé Rosângela Oliveira 22/07
Piraruaya Rei Davi Dalziza Sevalho
Nova Jerusalém Indígena Kokama Ronaldo Souza 24/07
Bacurí Bom Jesus Francisco Darcy Gonçalves
A equipe realizou nas escolas reuniões gerais e também por modalidade de ensino, visando obter um diagnóstico da situação do desenvolvimento dos alunos, feito através de exames de leitura e resolução de contas básicas das quatro operações da matemática.
“É um contraste, a realidade da vida estudantil da Zona Urbana com a Rural. No geral, os alunos enfrentam horas para chegar na escola devido o transporte mais utilizado ser o fluvial (canoas e embarcações de baixo porte e/ou potência). Há comunidades com mais facilidade de acesso e outras não, mas em todas podemos perceber que o trabalho está sendo feito. Na época da seca do rio, enfrenta-se horas de caminhada de mata à dentro, correndo o risco de enfrentar animais peçonhentos e ferozes. Enfim, essa é a realidade dos “Ribeirinhos”, povos originários que vivem às margens dos rios, lagos e igarapés do Amazonas”, salienta Janete Ploia.
Na última segunda-feira, 24/07, a equipe pedagógica da primeira viagem desembarcou em Tefé, após dez dias de intensos trabalhos e ensinamentos. Em comparação com o cenário de 2022, houve melhoria significativa na qualidade da educação na Zona Rural.
*Com informações da assessoria