Nesta quarta-feira (23), o governador José Melo disse que a implantação do polo náutico no Amazonas será uma das principais alternativas econômicas para a geração de emprego e renda nos próximos anos. A afirmação foi proferida durante a abertura dos trabalhos no Workshop de Discussão sobre o Complexo Naval, Mineral e Logístico do Estado do Amazonas, ocorrido na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), quando Melo pontuou a produção de conhecimentos técnico e científico como estratégica para o Estado, por seu potencial de recursos, dinâmica do mercado interno e grau de expertise alcançada, desenvolver alternativas de produção sustentável nos setores de petróleo/gás, alimentos, minérios e náutico.
Melo frisou o fortalecimento de novas tecnologias que serão aplicadas na mineração, transporte, logística, aquicultura, indústria e comércio, entre outros setores, como o principal desafio que o Amazonas terá de enfrentar se quiser se transformar em um Estado efetivamente desenvolvido, com uma economia eficiente e competitiva. Ele considerou o papel fiscalizador e regulador do Estado, mas ressaltou a importância dos investimentos privados que ajudarão a tornar realidade a implantação de iniciativas como o polo naval.
“Todos sabemos que o Amazonas assentou seu desenvolvimento em um modelo industrial que deu certo e já foi copiado por outras regiões. Mas precisamos assegurar o futuro dos nossos netos, criando alternativas de receitas e dividendos para nossa região. O que estamos propondo para o país é um local onde estejam concentrados a produção ou reparo de grandes ou médias embarcações de todo o país, serviços que hoje são feitos fora do Brasil, criando um custo a mais e gerando emprego lá fora”, explicou Melo.
Em seu discurso aos presentes, o governador explicou ainda que a diretriz estratégica para as próximas décadas no Amazonas implica combinar educação universal de qualidade, pesquisa científica, inovação e inclusão social. Para Melo, é justamente essa combinação que irá fortalecer as alternativas industriais no Estado, tornando o processo de inovação da matriz econômica, hoje essencialmente centrada no Polo Industrial de Manaus (PIM), mais dinâmico.
“Queremos criar um nicho de desenvolvimento sustentável no Amazonas, que será decisivo para que a gente possa realizar o sonho de uma sociedade próspera, justa e soberana capaz de interferir à escala global, nos rumos e na gestão do desenvolvimento mundial, como modelo e exemplo a ser seguido”, finalizou Melo.
Foto: Valdo Leão