O custo das viagens aéreas intermunicipais no Amazonas deve ser reduzido em um prazo de até oito meses, de acordo com informações da Secretaria de Aviação Civil do Governo Federal, que vai investir aproximadamente R$ 1,7 bilhão em reformas de aeroportos e pistas de 25 municípios do Amazonas.
Por meio de uma articulação com a Associação Amazonense dos Municípios (AAM), os representantes da secretaria estiveram em Manaus para checar as reais condições dos aeroportos que precisam ser completamente reformados.
Para se ter uma idéia dos valores atuais das viagens aéreas dentro do Amazonas, o trecho entre Manaus e Eirunepé (distante 1.159 quilômetros de Manaus) pode custar R$ 1.589 mil. E ir para São Gabriel da Cachoeira (distante 852 quilômetros de Manaus) sai a partir de R$ 1.129.
“A aviação intermunicipal no Amazonas está completamente sucateada e com preços realmente impraticáveis. Quem precisa percorrer grandes regiões sofre com falta de estrutura aeroportuária, altos preços e condições perigosas de vôo, com aeronaves que nem sempre estão com a manutenção em dia. A Associação Amazonense dos Municípios, junto à Secretaria de Aviação Civil do Governo Federal está realizando um estudo completo sobre a situação desses aeroportos”, afirmou o presidente da AAM e prefeito de Boca do Acre, Iran Lima (PSD).
De acordo com o diretor de Programa Federal de Aeroportos da Secretaria de Aviação Civil, Eduardo Bernardi, os valores das viagens serão reduzidos, pois aviões de maior porte (como o ATR 600 – com capacidade para mais de 70 passageiros) poderão fazer pousos e decolagens nas novas pistas. “Isso vai gerar um fluxo maior de vôos e de companhias aéreas que atuam na região. A Secretaria de Aviação Civil do Governo Federal fez um levantamento inicial e os 25 aeroportos precisam ser completamente reformados, com a construção de novos terminais de passageiros, pistas e balcões de atendimentos”, afirmou.
O prazo estimado pela Secretaria de Aviação Civil é de que os primeiros aeroportos comecem a ser reformados já nos próximos 90 dias. Eduardo disse, ainda, que a AAM tem papel fundamental para a agilidade no início das obras. “A Associação faz a interface com os prefeitos que ainda não entregaram os documentos necessários para o início das obras, exercendo um papel importante no processo”, explicou.
Com informações da assessoria