A Unidade Local, do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas, UNLOC-IDAM/Tefé, realizou no início de dezembro cursos sobre criação de Abelhas sem ferrão, na comunidade da Missão.
No curso foram apresentadas várias técnicas de iniciação e condução da criação de abelhas, e outras informações essenciais como a sobrevivência destes insetos, sua localização, como realizar a transferência para caixas, e a manipulação de produtos, além de orientações sobre sua importância na agricultura.
De acordo com o Gerente do Idam/Tefé, Sidney Araújo, os resultados da aplicação do curso são satisfatórios e alcançou o objetivo principal, de capacitar e incentivar os agricultores e indígenas, sobre como iniciar e administrar uma criação de abelhas. “A criação de abelhas sem ferrão, é uma nova oportunidade de crescimento para o produtor, capacitamos dezoito agricultores, além dos indígenas da etnia Tikuna, que se mostraram muito interessados na cultura”, Comentou Sidney.
Para o agricultor Raimundo Neves, 62, da comunidade Projeto Mapi, estrada da Emade, a nova cultura acarretará mais renda para sua família. “Este curso foi muito importante para todos, com certeza vai proporcionar à nossas famílias mais alimento e melhor renda”, disse. O agricultor Genival Rocha, 37, que antes eliminava os enxames de abelha após a retirada do mel, viu uma nova forma de garantir sua renda sem devastar os agentes da nova cultura. “Eu nunca tinha visto uma criação de abelhas, com as técnicas apresentadas pelo Idam, percebo que posso ter uma renda melhor em harmonia com a natureza, e pretendo a partir de agora recuperar as colmeias que destruí”, Comentou Rocha.
A Indígena da Etnia Tikuna, Marilange Trindade, relatou que não conhecia uma criação de abelhas, e não sabia sobre a importância das colmeias para a conservação das florestas. “Pretendo levar esses conhecimentos adquiridos para minha aldeia, e iniciar esta atividade, que nos dará alimento, ocupação, e renda, é interessante por que além de não necessitar de devastação das florestas, não exigem tanto esforço físico quanto na produção de farinha”, disse animada para apresentar as técnicas à comunidade indígena.
Cada participante do grupo ganhou ao final do curso uma caixa para iniciar sua produção de mel.
Fotos: Divulgação