Plano Safra: pré-mecanização é iniciada na área rural de Tefé

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Foi iniciada na áreas agrícolas de Tefé a primeira etapa do Plano Safra na ultima terça-feira(16), a pré-mecanização, ocorre em duas das treze propriedades rurais já aprovadas pela Agência de Fomento do Amazonas, AFEAM. Tefé é o primeiro município da região do Médio Solimões a receber os trabalhos.

Nesta etapa serão mecanizados 300ha destinados à cultura de mandioca, e outros 50ha para a fruticultura, de acordo com o gerente do IDAM/Tefé, Sidney Araújo, a medida em que a AFEAM mandar os contratos dos agricultores aprovados, serão iniciados os trabalhos de mecanização. “Até o momento temos a confirmação de treze propriedades rurais que receberão a mecanização nos próximos dias, elas estão localizadas entre os quilômetros 11 a 22 da estrada da Emade”, Disse.

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Sidney Araújo (IDAM/Tefé) acompanha os trabalhos das máquinas.

Outras localidades do município deverão ser atendidas, um fator que determina o início da mecanização agrícola, além do envio do contrato pela AFEAM, é o clima, de acordo com Araújo é necessário que a região esteja sob estiagem para que sejam realizados os trabalhos.

Sobre o programa

O Plano Safra, foi implantado pelo Governo do Estado e Secretaria de Estado da Produção em agosto de 2015, e destina investimentos as setor primário do Estado do Amazonas como forma de financiamento parcial. O Plano Safra será desenvolvido em três etapas: a mecanização, que terá a bonificação do governo de 85% do valor, ficando restante a ser pago pelo agricultor, que terá carência de quatro à oito anos conforme cultivo, para realizar os pagamentos sem acréscimo de juros ou taxas. A segunda etapa é o pró-calcário, fase em que a área mecanizada receberá os nutrientes necessários ao solo, nesta o investimento do governo será de 50% ficando o restante a ser pago pelo agricultor sob as mesmas condições da primeira fase.  A terceira etapa é a implementação, onde se dará o plantio das culturas, nesta, o período de carência do agricultor varia de acordo com o tempo de colheita da cultura, a taxa é de 3% ao ano para o governo, e 2% para o IDAM, correspondente à taxa de assistência técnica que o órgão fornecerá ao agricultor ao longo de todo o processo de produção.

Foi realizada ainda em 2015 uma seleção de agricultores interessados, que comprovaram posse de terras e disponibilidade de áreas degradadas e capoeira, uma vez que o programa não permite desmatamento de áreas florestais, em seguida foi verificadas a regularidade cadastral dos cadastrados para encontrar possíveis restrições.

Segundo o gerente do IDAM/Tefé nenhum valor será entregue diretamente ao agricultor, todos acordos de pagamento serão realizados entre os órgãos responsáveis e as empresas prestadoras dos serviços e vendas, o produtor receberá todos os serviços sem se preocupar com os trâmites do contrato. O Idam vai acompanhar os agricultores ao longo do processo de plantio, colheita até a comercialização dos produtos, aplicando técnicas afim de garantir boa produtividade. Ainda de acordo com Sidney Araújo, os pagamentos só serão realizados aos fornecedores após a comprovação da preparação da área.

Por Ana Paula Blenk / TeféNews  Fotos: Divulgação