Sem cubanos, 23 municípios do Amazonas ainda estão sem médicos

Sem o programa "Mais médicos", população do Amazonas encontra-se sem assistência básica em saúde.

O secretário de saúde do município de Tapauá, Januário Neto, afirmou que 23 municípios do Amazonas estão sem médicos, prejudicando mais de 600 mil pessoas do interior. O anúncio foi feito durante discurso na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) nesta quarta-feira, 20.

De acordo com o secretário de saúde, ainda há 3 vagas disponíveis para médicos no município de Tapauá que estão sendo supridas com enfermeiros e técnicos, deixando a situação do município em comprometimento. “Os casos mais graves são levados ao município de Manaus”, disse o secretário.

secretário relata que a prefeitura vem desembolsando do próprio bolso o salário dos médicos, que no momento tem quatro clínicos e dois cirurgiões. “Os clínicos permanecem no município por 30 dias. Com salário de 15 mil reais, mais o pagamento de horas extras que chega até 7 mil reais. Os cirurgiões ficam por 15 dias cada um, totalizando cobertura 24h com cirurgião na unidade hospitalar. O salário de cada um deles gira em torno de 26 mil reais por mês.”

O secretário destacou que os casos mais graves acontecem nos municípios de Boa Vista de Ramos e Autazes, que se encontram em estado crítico em relação a saúde.

Mais Médicos

A situação da falta de médicos se agravou no Brasil devido ao rompimento do governo Jair Bolsonaro com Cuba, que se desligou totalmente do Programa Mais Médicos em 14 de novembro de 2018. O governo cubano ordenou que mais de 8 mil profissionais, da saúde, residentes no Brasil, voltassem ao país.

Fonte: Agência Am1