SES-AM afasta médico do SPA Alvorada por repassar plantão a homem sem registro profissional

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A Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) afastou um médico plantonista, que não teve o nome divulgado, de suas atividades no Serviço de Pronto Atendimento (SPA) Alvorada, em Manaus. A medida foi adotada após denúncia de que o profissional estaria repassando plantões a um homem identificado como Adriel Neves, acusado de agredir uma mulher durante um atendimento de emergência na unidade de saúde.

Segundo a SES-AM, a empresa Instituto de Cirurgia do Estado do Amazonas (ICEA), responsável pela gestão do serviço na unidade, foi notificada, e o médico deixou de atuar na rede estadual de saúde. Ele também responderá por infração ética por permitir a atuação de Adriel, pessoa não autorizada, dentro da unidade de saúde.

A secretaria informou ainda que existem normas que regulamentam a atuação de acadêmicos e residentes de medicina nos hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS), uma vez que essas unidades funcionam como campo para prática profissional. A Universidade do Estado do Amazonas (UEA) foi consultada sobre o vínculo acadêmico de Adriel, no entanto, a instituição informou que ele foi expulso do curso de Medicina em 2021 por infração disciplinar.



Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Amazonas (Cremam) afirmou que Adriel não poderia exercer a profissão de médico, por não possuir registro na entidade.

Também em nota, a SES-AM informou que “medidas já estão sendo adotadas para reforçar o cumprimento das normas junto às unidades e prestadores de serviços a fim de evitar que fatos como esses voltem a acontecer. Dentre essas medidas estão: maior rigor junto às universidades que possuem termo para estágio e no controle de acesso e permanência de profissionais e estagiários nas unidades, além da aplicação de multas junto as empresas médicas por descumprimento do que está estabelecido em contrato assinado com a SES-AM”.

A agressão

Adriel Neves é acusado de agredir a cabeleireira Rose Sobrinho dentro de um consultório do SPA Alvorada, no momento em que ela buscava atendimento para a mãe, uma idosa de 65 anos com pressão alta e risco de sofrer um infarto.

Diante do caso, a SES-AM destacou ainda que “repudia veementemente qualquer ato de violência e reitera que não compactua, em hipótese alguma, com condutas que violem os princípios do respeito, da ética profissional e da dignidade humana, que devem nortear a atuação de todos os profissionais de saúde”.

 

Fonte: Onda digital

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