A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) negocia com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) a entrega dos adolescentes suspeitos de envolvimento no estupro coletivo contra uma menina indígena Kulina, de 12 anos, em Juruá, no interior do Amazonas. A polícia busca garantir que os jovens cumpram a medida de internação cabível.
Segundo a Polícia Civil, os abusos foram cometidos por outros membros da mesma etnia e chegaram a ser registrados em vídeo pelos abusadores. A polícia aponta que, pelo menos, oito jovens participaram do abuso.
Polícia identifica suspeitos de abuso coletivo
A investigação já identificou todos os adolescentes suspeitos, que também são indígenas. As equipes da Polícia Civil chegaram aos nomes após a análise de vídeos.
Resgate da vítima e início da investigação
O resgate ocorreu após a mãe procurar o Conselho Tutelar e denunciar o crime. O delegado Célio Lima, titular da Delegacia de Juruá, mobilizou rapidamente as equipes. A Polícia Militar e a Guarda Civil Municipal apoiaram a ação para resgatar a vítima e coletar provas.
As investigações confirmaram que os suspeitos filmaram a ação. Nas imagens, a menina aparece pedindo socorro enquanto os agressores zombam da situação.
Após o resgate, a adolescente recebeu atendimento médico e psicológico. O acolhimento ocorreu em um posto da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai).
Parceria com a Funai para a entrega
O diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI), delegado Paulo Mavignier, afirmou que a Funai tem sido uma parceira crucial. A Fundação ajuda a abrir o diálogo com as lideranças indígenas da etnia Kulina.
O delegado também alertou que a polícia montará uma operação de apreensão, caso a Funai não consiga intermediar a entrega dos adolescentes. A comunidade fica a cerca de três a quatro horas de lancha da sede do município.




