As condições de higiene precária no abate clandestina da carne bovina é um problema existente há décadas no Estado. A equipe do EM TEMPO presenciou na comunidade Vila Bastos, distante a dez minutos de voadeira do município de Tefé, mais um desses casos.
O abate é feito em um flutuante de madeira. O abatedouro de gado improvisado não tem condições de higiene e apresenta, ainda, peças de carne penduradas em guinchos enferrujados e cordas sujas.
Em Tefé, o abate clandestino é de conhecimento de boa parte de seus habitantes, mas mesmo assim, o produto é consumido sem qualquer receio. Entre os comerciantes do município, o que importa é o lucro.
“Existem muitos abatedouros clandestinos e todo dono de estabelecimento comercial que lida com a venda de carne, seja ela bovina, suína, entre outras espécies, sabe dizer a origem do produto”, revela um comerciante que, por medo, preferiu não se identificar.
Segundo o diretor-presidente da Fundação de Vigilância Sanitária (FVS) do Amazonas, Bernardino Albuquerque, cabe aos próprios municípios promoverem adequação nos mercados municipais e aumentar a fiscalização sobre a carne abatida em seus domínios.
Fonte: Em Tempo online
Foto: Raphael Alves